O Vila Nova conheceu a primeira derrota atuando no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga nesta temporada 2013. Grêmio Anápolis foi o autor desta proeza ao celebrar a primeira vitória como visitante no Campeonato Goiano. Nei e Américo aproveitaram os contra-ataques para liquidar a partida com dois gols na reta final de cada etapa. Hyantony, nos acréscimos, descontou de cabeça. A equipe alviceleste respira mais uma vez fora da zona do rebaixamento enquanto o Vila Nova se sente ameaçado na classificação com a chegada do Atlético. Aparecidense, Vila, Atlético e Rio Verde vão brigar neste turno pelas duas vagas na semifinal.
No entanto, o que mais me chamou a atenção foi a irritação do técnico Darío Pereyra. Durante todo o jogo gesticulou, gritou, esbravejou, tentou, insistiu e mais uma vez não viu no banco de reservas jeito para mudar a cara do Vila Nova ao longo dos 90 minutos. Henrique Dias e Thiago Ramos entraram como mudanças. Alan entrou no lugar de Ernani em uma espécie de “All In”. Durante a entrevista coletiva, o técnico vilanovense deixou escapar que “existe parte da diretoria que está impedindo as contratações”. Esquivou-se em citar nomes, mas mais uma vez reforçou o discurso da necessidade da chegada de um meia.
O presidente do Conselho Deliberativo, Paulo Miguel Diniz, disse abertamente após a reunião na última segunda-feira que estava preocupado com o aumento da folha de pagamento do clube. Mas quem será o mentor do planejamento financeiro para este início de ano? Martinez ou Diniz? Já me disseram que toda a parte funcional do clube está planejada até o início da Série C. Os papéis precisam ser definidos, cada um se detenha a sua função ou histórias de brigas e discussões serão intermináveis no ambiente vilanovense. Darío Pereyra apresentou uma irritação incomum neste mais de 60 dias de trabalho. Muito estranho. Sem ele, a estrutura do futebol implodirá logo no início da temporada.
Confira o que respondeu o Dr. Sebastião Carlos sobre a declaração do treinador, o único a se pronunciar…
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JOGO
Embora alguns jogadores tenham mantido o discurso mais ameno diante da derrota, exaltando aspectos positivos na equipe, sinceramente, eu só apontaria Neto Gaúcho. Mesmo a defesa tomando dois gols, ele foi soberano na defesa: desarmes e interceptações. Cláudio foi bem, embora tenha pecado em querer sair do simples com invenções de dribles e saídas de bola: “arroz com feijão” é o melhor jeito de se consolidar num caminho de futuro.
Alexandre Carioca e Diego Paulista não tiveram o mesmo sucesso e competência para armar as jogadas vindas da intermediária que a dupla Osmar e Paulista tiveram. Diego Barboza correu, driblou, rodou o campo inteiro e cansou. Hyantony e Elcimar formaram a ilha do ataque vilanovense – uma porção de jogadores do Vila cercados por jogadores do Grêmio Anápolis por todos os lados. O goleiro anapolino pouco trabalho nos 90 minutos.
Diante deste cenário, não dá para concordar que apenas foi uma tarde infeliz e que a bola “não quis entrar”. O Vila Nova teve 70,80% da posse de bola, só que esta se restringiu a intermediária. Nada de jogadas objetivas, em velocidade. Um domínio falso com o excesso de bolas lançadas na área a esmo. Se sobrou sorte para o time contra o Itumbiara, faltou alternativa para que esta “sorte” pudesse permanecer a capturar mais uma vitória.
INGRESSOS
No clássico de domingo, 16h, no estádio Serra Dourada, o mando será do Vila Nova. Os ingressos como combinado com a diretoria do Goiás e da FGF será o mesmo do primeiro turno: 20 (arquibancada) e 40 (cadeira). Torcedores com a camisa das duas equipes pagarão meia entrada. A venda antecipada deve iniciar na quinta-feira com a divulgação dos postos de venda.
SÓCIO TIGRÃO
O único torcedor do Vila Nova que teve algo a comemorar foi o Sr. Risulino Soares Chaveiro, dono do ingresso de número 02159, sorteado no intervalo do jogo. Ele foi o sócio-torcedor que levou a TV 42´´ Full HD. Parabéns a direção do projeto por mais esta iniciativa para atrair mais integrantes ao ST.