Vilmar Rocha foi deputado estadual três vezes. Havia acabado de ser eleito para o quinto mandato de deputado federal, quando aceitou o convite do governador Marconi Perillo (PSDB) e assumiu a Secretaria Estadual da Casa Civil.  Em 2014, o secretário quer voltar à Brasília, mas para ocupar uma cadeira no Senado Federal.

Presidente estadual do caçula PSD, Vilmar, aposta na força demonstrada pelo partido nas eleições de 2012 no Estado para pleitear uma vaga de candidato ao Senado, na composição encabeçada por Marconi Perillo em 2014. A sigla tem quatro deputados federais por Goiás, dividindo a condição de maior bancada com o PMDB. A legenda ainda conta com seis deputados estaduais, 21 prefeitos e 264 vereadores em cidades goianas. “É natural que nós reivindicamos e tenhamos espaço na chapa majoritária,” diz o secretário.

Existe a possibilidade de Vilmar Rocha se candidatar como vice de Marconi Perillo. Ele não descarta essa opção, mas deixa claro que não é sua preferência. “Eu desejo ser candidato ao Senado,” revela. O presidente do PSD entende que é natural que o seu nome seja o escolhido para representar o partido, devido ao cargo que ocupa e também pela história política que possui.

Atuação
Vilmar critica a atuação da atual legislatura do Senado. Para ele, a casa não tem trabalhado para equilibrar a divisão das receitas no país. De acordo com o ele, a federação está macrocéfala, com a cabeça maior que o corpo, pois o dinheiro está em grande parte na União. “Isto precisa ser equilibrado,” defende o presidente do PSD. O pré-candidato afirma que pretende ter uma atuação diferente da maioria que hoje está no Senado.

Atualmente, o Estado de Goiás conta com dois suplentes no Senado Federal. Wilder Morais (DEM) que substituiu Demóstenes Torres (DEM) e Cyro Miranda (PSDB), que ocupa o posto deixado pelo governador Marconi Perillo. Sobre esta situação, Vilmar Rocha defende uma reforma política, porém, pede que seja um processo mais brando, sem radicalidades. “Isto demora mais, porém é mais tranquilo,” argumenta.

Eleições
Segundo Vilmar, o PSD é nome certo na coligação da base do governo estadual. Em âmbito nacional, não está definido o apoio à presidenta Dilma Rousseff (PT) nas eleições de 2014. De acordo com ele, a legenda terá liberdade para fazer coligações estaduais que achar interessante.

Vilmar Rocha define o PSD como um partido de centro. Ele garante que ser de centro não quer dizer que seja em cima do muro, mas sim, uma sigla que é capaz de dialogar com as demais, sejam elas de esquerda ou direita, e também com outros setores representativos da sociedade brasileira.

Para as próximas eleições, o PSD quer filiar novos nomes ao partido. Vilmar diz que o objetivo é trazer pessoas que tem potencial e vontade de entrar na política, mas que não sabem como isto é possível. O secretário da Casa Civil promete que o partido terá chapas de peso, tanto para a Assembleia como para a Câmara dos Deputados.

Goiás
Vilmar Rocha diz que está satisfeito com o espaço que o partido tem no governo estadual. O PSD conta com três secretarias – Casa Civil (Vilmar Rocha), Educação (Thiago Peixoto) e Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia (Sílvio Souza) – além de outros cargos no segundo e terceiro escalação.

Sobre uma possível filiação do vice-governador, José Eliton, que está vivendo uma situação conturbada dentro do DEM, Vilmar garante que não houve nenhuma conversa nesse sentindo. O nome que no momento interessa ao PSD é do presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), José Mário Schireiner. A intenção é lançado como candidato a deputado federal.