Após muitas negociações entre o Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) com órgãos fiscalizadores de trânsito e representantes do segmento de mototaxistas e motofretistas foi definido na última semana que a fiscalização dos profissionais que trabalham com motos no Estado, com autuações, começam nesta sexta-feira (1).
A partir de março, a fiscalização multará somente os profissionais que tiverem irregularidades com equipamentos de segurança. A nova legislação prevê que a moto deve estar equipada com protetor para pernas e motor (mata-cachorro) e antena no guidão para cortar linhas. Já o motociclista deve utilizar o colete de segurança e capacetes com faixas reflexivas, além de viseira ou óculos.
A multa para quem infringir não estiver com algum dos equipamentos de segurança é de R$ 191,54 e o veículo ainda será apreendido.
De junho em diante, os profissionais que não fizeram o curso de capacitação, que tem duração de 30 horas, e que não estiverem utilizando placa vermelho, que identifica veículo usado para serviço também serão autuados.
Nesta quinta-feira (28) motociclistas e motofretistas realizam uma manifestação em Goiânia. Eles percorrem as principais ruas do centro da cidade pedindo que seja adiada a autuação por parte dos órgãos de fiscalização para as infrações previstas na nova resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
O presidente do Sindicato dos Mototaxistas e Motoboys do Estado de Goiás (Sindimoto), Walter Biovesam, afirma que é favorável a nova legislação, pois ela tem o objetivo de dar mais segurança ao condutor. Ele contesta apenas o modelo do colete aprovado pelo Inmetro. “É muito desconfortável para o motociclista,” opina.
O Sindimoto representa aproximadamente 20 mil mototaxistas e motoboys que trabalham com carteira assinada no Estado. De acordo com o presidente, menos de 10% deste total estão regulares no momento.