“Nós estamos preparados para um debate técnico, balanço por balanço de todas ações orçamentárias de 2010, agora o foco que está sendo colocado é um foco eminentemente político, porque há uma desconfiança do Tribunal de Contas”, comentou Luís. Ele questionou a postura da Assembleia de montar um processo paralelo ao do Tribunal de Contas do Estado sobre o caso.
“A Assembleia vai pedir uma carga do processo para o poder legislativo, vai tirar uma cópia, ou vai trabalhar com dados paralelos, não oficiais? Isso é um problema, a impressão que se tem é que o Tribunal de contas está prestes a aprovar as contas do governo Alcides e a base do governo Marconi para continuar mantendo um foco de desculpa sobre a ação administrativa que está sendo feita com medidas impopulares para criar aqui condições para rejeitar o parecer do TCE”, declarou o deputado.
Secretário da Fazenda será convocado
O presidente da CPI, Cláudio Meirelles (PR), assegurou que o primeiro a ser convocado pela Comissão é o atual Secretário da Fazenda do Estado, Simão Cirineu Dias. “A convocação, ou o convite, não será só feito pela administração passada, o atual secretário da Fazenda, que comunicou esse rombo, também será chamado aqui para explicar que rombo é esse, de onde vem esse rombo. Ele é que tem esses dados, ele é que vai fornecer”, disse Cláudio.
“Depois que ele vir, aí sim nós vamos chamar os auxiliares do governo passado para fazer o contraditório, se existe ou não o rombo. Isso tudo com a ajuda do Tribunal de Contas do Estado”, complementou. Além de Cláudio, como presidente, e Luís César Bueno, como vice-presidente, Valcenôr Braz (PTB) foi indicado como relator. O próximo encontro está agendado para o dia 12 de maio. Durante este período, será providenciada a estruturação da CPI na parte administrativa.
Celg pode ser discutida
Durante a instalação da CPI, Cláudio Meireles não descartou que a situação da Celg volte a ser discutida. “A Celg é uma empresa de economia mista, mas não pode, caso o Dr. Alcides informe que muitas coisas não deixaram de ser pagas porque não recolhia o ICMS da Celg. Deve ser levantada a questão da Celg também nesse final de governo, caso venha o governo anterior dizendo que a Celg foi um problema para o fechamento das contas”, revelou.