O Atlético perdeu no sábado para o Figueirense na terceira rodada do Campeonato Brasileiro da Séria A, na minha opinião, o rubronegro perdeu uma grande chance de vencer fora de casa, mais do que isso, pontuar para se manter longe de uma zona que foi companheira grudenta na temporada passada.

Na entrevista coletiva do PC Gusmão, quatro pontos me chamaram a atenção: “A bola pune” (reclamando das chances perdidas), saída de Pituca (não consegue jogar com cartão amarelo), Felipe e coerência com o time campeão goiano.

1. A bola pune. Realmente a bola puniu o time mais ineficaz nas conclusões na noite de sábado, embora eu considere que o Atlético tenha sido melhor durante 75% da partida, mais pela lentidão do adversário. A falha na interceptação de Rômulo no primeiro gol e a falha de Anderson que deixou o zagueiro subir sozinho levaram o Atlético a nocaute. No entanto, muito além disso, a bola puniu aquele time que foi para empatar, para segurar o resultado, quem sabe se der sorte uma vitória.

Há muito tempo observamos que o Atlético tem perdido pouco a pouco a característica ofensiva, perdendo o estilo “índio” que Geninho falava em cada entrevista. Algo normal? Sim pelas circunstâncias, pelo crescimento e pelas dificuldades encontradas, mas a tática está cada vez mais medrosa. O Atlético está cada vez menor. Será que se assustou com o ano de vidraça com onde é o único representante na Série A?

2. Utilizando as palavras de alguns comentaristas, PC Gusmão justificou a saída de Pituca do time no intervalo por não saber jogar depois de levar um cartão amarelo. Acho que é uma preocupação relevante devido ao histórico do volante na temporada: 4 expulsões e alguns amarelos. Mas toda vez será assim? O Pituca toma cartão amarelo e sairá do jogo porque não consegue evitar o segundo? Ou o mantém definitivamente apenas como opção ou ajusta o posicionamento. Na falta de jogadores para criar, Ramalho, Pituca e Agenor são obrigados a assumir a condição de botar a bola no chão e levar o time ao ataque. O Atlético joga como se tivesse o Robston, mas não tem ninguém que jogue como ele.

3. Eu ouço muita crítica ao futebol do atacante Felipe, não vou chover no molhado em dizer que não está bem. O departamento médico esmeraldino garante que ele tem um problema sério no joelho e por isso não tem sequência. Ele não vai voltar a ser o mesmo de 2009, mas eu não me lembro de o ver voltando tanto para marcar. No fim do jogo, ele disse que está fazendo o que o “professor” pede… se é assim, mais uma crítica a fome por marcação.

4. O último tópico eu deixo para uma frase que me chamou a atenção: “estou sendo coerente com o time que foi campeão goiano”. Eu fiquei a pensar e com bastante dúvidas. Que coerência seria esta? Afinal o Goianão não serve de base para os campeonatos nacionais…

REFORÇOS

A diretoria atleticana corre atrás de reforços, a prioridade é um lateral direito. Rafael Cruz é o primeiro nome da lista. O maior problema é o Atlético-MG liberar já que tem apenas dois jogadores para a posição.  No entanto, o impasse consiste na seguinte situação: O Galo quer o Nino Paraíba do Vitória-BA. O Atlético-GO quer Rafael Cruz. Os baianos não querem ficar sem ninguém e aí o clube goiano pode emprestar Victor Ferraz e Keninha. Este último também foi sondado pelo ASA-AL. Se não der certo nesta negociação, os dois serão emprestados para quem se interessar.

Quanto ao meia Elias, ele está chegando ao Brasil. Vai se reunir na próxima semana e eu diria que a chance dele voltar, de 0 a 10, é 2. Pensando no lado financeiro, mas o Atlético vai apelar para a história dele no clube e o lado familiar para que ele volte a vestir a camisa rubronegra.

PATROCÍNIO

Este tópico já foi levantado várias vezes por mim aqui no meu blog. Hoje conversei com vários diretores e conselheiros sobre o patrocinador máster. A preocupação é geral e a tendência é que demore a aparecer o novo parceiro. Há negociações preliminares em andamento, tudo muito longe de finalizar. Sobre a tal reunião com o grupo de empresários paulistas, questionei o presidente e a resposta foi a mesma dos últimos dois meses: “Tivemos a reunião, foi muito proveitosa e na semana que vem voltaremos a nos encontrar”