Quando me formei na Universidade Federal de Goiás, eu e Felipe Cândido, fizemos um livro-reportagem sobre títulos importantes dos clubes da nossa capital. Eu tive o prazer de conhecer o título atleticano na temporada de 1985. A festa foi feita por uma escola de samba do setor Campinas que hoje nem existe mais, mas o enredo do carnaval 1986 foi a glória rubronegra com o seguinte nome: “Que bicho que deu. Deu Dragão.”
Após o apito final, eu me lembrei muito desta história. Não sei porquê. Mas gostei do título, gostei da história e parabéns ao Atlético Clube Goianiense que conquistou algo jamais conhecido em 74 anos do clube. Com muito mérito, sem retoques, confirmou o favoritismo e levantou a taça. A partir de agora, a concentração fica para torcer por Márcio ou Marcão para faturar o prêmio de melhor jogador do Goianão e levar um carro 0km. Em quem vocês apostam?
Ao final do Goianão, o Atlético chegou a 14 vitórias, 2 empates e 6 derrotas, 44 gols marcados e 25 gols sofridos com aproveitamento de quase 67%. Marcão confirmou a artilharia da competição com 13 gols marcados, depois de quatro edições, o time conseguiu fazer o artilheiro, a última vez ocorreu em 2007 com Fábio Oliveira com 18 gols anotados.
Nesta competição, pode revelar o atacante Diogo Campos que foi destaque no início do Campeonato Goiano formando a dupla de ataque com Marcão e marcando seis gols com a camisa rubronegra, entre eles, um gol no clássico com o Goiás e o primeiro da carreira profissional. Mas também conheceu as fragilidades normais, principalmente no setor defensivo que foi questionado em várias partidas ao longo das 22 partidas realizadas.
JOGO
Dentro de campo, o Atlético sofreu com a pressão inicial do Goiás. Mas assim como ocorreu no final do jogo do outro final de semana, a defesa conseguiu aguentar e o goleiro Márcio voltou a brilhar na hora certa, segurando o empate. O placar aberto aos 12 minutos de jogo, em uma jogada espetacular do lateral Adriano foi o grande passo para o time chegar ao sucesso. O lateral rubronegro aproveitou o passe de Felipe Amorim, invadiu a área tirou a defesa e tocou de pé esquerdo para o gol de Pedro Henrique. Um gol que para o jogador pode representar muita coisa que estava sendo questionado pelas fracas atuações durante o Goianão.
Romulo foi muito bem na marcação ao lado de Ramalho. Os dois conseguiram muito bem anular o meio-campo alviverde. Nem a lesão de Bida, causou tanto problema, já que o meia Preto entrou, administrou o jogo e foi importante para segurar o ímpeto esmeraldino.
No ataque, Marcão teve muitas oportunidades, mas foi Marcão. Hoje não conseguiu guardar, as chances que teve nos jogos anteriores e foi bastante decisivo. Quem saiu no lucro foi Felipe. Ele se movimentou bem, abriu espaços para o Anailson aparecer livre dentro da área e quando foi substituído e foi vaiado pelo torcedor do Goiás, bateu no peito e arrancou o aplauso do lado atleticano.
BRASILEIRÃO
A partir de agora o pensamento é Campeonato Brasileiro e o clube precisa na elite do futebol brasileiro para confirmar o contrato com a TV Globo e também se encaixar nesta Liga de Clube que ameaça ser criada. Alguns jogadores serão emprestado ao Goiânia para a disputa do Campeonato Goiano e alguns liberados, caso de Josiel que teve chance, muitas oportunidades e muita paciência ao lado destes quase 12 meses em que esteve no Atlético Goianiense.
Renato Augusto, Anselmo e Felipe Brisola já foram contratados. Um lateral direito, um lateral esquerdo, dois zagueiros e um meia estão próximos de ser anunciados. Atletas que estão fora do país e ateltas que estão nos clubes que estiveram envolvidos nas decisões pelos campeonatos estaduais. Estes nomes devem ser anunciados e apresentados. O goleiro Rafael já está acertado, realiza exames médicos e será apresentado a imprensa… a batalha continua