O estado de Goiás deve ter um aumento de 40% no número de queimadas este ano. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar, até o final de maio, mais de 1.300 ocorrências foram registradas. No mesmo período do ano passado, o número de registro era de 980. Em entrevista ao Sagres Sinal Aberto Almoço, o major do Corpo de Bombeiros de Goiás, Tiago Costa, explica que entre maio e outubro são registrados os maiores números de incêndios florestais. “Isso ocorre por conta do clima mais seco”, afirma.

Ainda de acordo com o major, 90% desses incêndios são provocados por ações humanos. “As queimadas naturais a gente observa nas questões das descargas atmosféricas, algum fenômeno biológico ou físico. Mas muitas queimadas ocorrem por razões antrópicas. É o ser humano que usando o fogo para diversas ações”, explica.

Combate ao fogo em zonas rurais

Para ajudar produtores rurais no combate ao fogo inicial, o Corpo de Bombeiros montou parcerias com sindicatos rurais dos municípios goianos. Dessa forma, o produtor pode procurar a equipe para buscar orientação sobre equipamentos a serem utilizados no combate as chamas.

“O produtor pode procurar o sindicato rural mais próximo e pedir que a equipe ensine a fazer os abafadores. Também é possível comprá-los, mas é um pouco mais caro”, detalha.

Outra opção para quem mora em zona rural é ter um soprador. O aparelho pode ser encontrado em casa de produtos agrícolas e o Corpo de Bombeiros recomenda que a potência seja acima de quatro cavalos. “É importante que os próprios produtores tenham a autonomia de combater o incêndio inicial enquanto os bombeiros não chegam”, indica o major.

Dili Zago é estagiária do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com o Iphac e a Faculdade Araguaia, sob supervisão da jornalista Kamylla Rodrigues