O grande adversário da Seleção Brasileira na quinta-feira, na abertura da Copa do Mundo, talvez nem seja a Croácia, mas sim controlar a ansiedade em busca da vitória na estreia. Muitos jogadores admitem essa situação, assim como fez Ramires, em entrevista coletiva nesta terça-feira. O jogador, que se destacou bastante nas últimas temporadas pelo Chelsea, sabe que em caso de vitória, o decorrer da caminhada ao hexa será um pouco mais tranquilo.

“É difícil por ser uma estreia, tá todo mundo ansioso de chegar o jogo, até um dia antes da partida a gente quer que chegue logo, todos os jogadores ficam esperando pela hora da partida. Por isso, pode ficar um pouco mais difícil. Depois do primeiro jogo, dependendo do que acontecer, o decorrer dos jogos acontece com uma tranquilidade maior”

Ramires participou da Copa de 2010, quando era o mais novo do elenco, aos 23 anos, e atuou em quatro partidas naquela ocasião, mas estava suspenso contra o Holanda, quando o Brasil deu adeus à competição. Ramires não se atreve a comparar os dois grupos montados por Dunga e Felipão, mas acredita que com o apoio maciço do torcedores brasileiro e a preparação realizado, o final nesse ano pode ser muito mais feliz.

“Os treinamentos foram, até aqui, excelentes e o grupo tá focado, muito motivado por disputar a Copa. O grupo tá indo ao máximo para chegar bem na estreia, fomos bem nos amistosos e agora podemos falar que as pernas estão ficando frescas, como a gente fala, para chegarmos bem. Estamos tendo o apoio do torcedor em qualquer lugar que vamos, aqui na granja tá muito legal de ver, e espero que a gente possa retribuir isso no campo”

Adversário de estreia do Brasil, a Croácia enxerga a possibilidade de surpreender e alguns jogadores comentam isso abertamente. O atacante Olic, por exemplo, revelou ter visto buracos na defesa da Seleção, algo que Ramires comenta com muito cuidado e sem criar mais polêmica. O volante, que quer ajudar a Seleção e jogar a estreia, acredita que todas as orientações de Felipão serão atendidas.

“Se ele falou isso, eu não sei, mas acho que a gente tá trabalhando. Não tem como chegar aqui e falar que o Brasil tem ponto fraco na defesa, meio-campo ou ataque, se tem alguma coisa o professor vai nos passar e vamos procurar corrigir. Espero que no jogo a gente não tenha nenhuma falha ou buraco como ele falou e possamos sair com a vitória”