O clássico Goiás e Vila sempre primou pela tradição de movimentar as grandes massas, mas nos últimos anos, isso tem sido diferente. No último domingo, isso foi bem diferente. Foram apenas 8.652 pagantes no Serra Dourada para acompanhar o 0 a 0, público que ficou bem aquém das expectativas, segundo o próprio presidente do Goiás, Sérgio Rassi.

O mandatário esmeraldino disse que a violência exagerada entre as duas torcidas pode ser um dos motivos, mas elegeu outro bem pontual: a televisão, que transmitiu o clássico em rede aberta para a capital. Goiás, Vila e Atlético aceitaram uma cláusula que permite a transmissão aberta para a própria praça, e Rassi entende que isso deve ser respeitado, apesar de interferir na beleza do espetáculo.

“Ficou um pouco aquém da nossa expectativa. É muito difícil concorrer com a televisão, tem o conforto da sua casa, o medo de ter alguma violência no estádio, nós estamos tentando coibir isso. Eu acredito que com o passar do tempo, devagarinho, nós vamos voltar a ter o público que esse clássico merece. Eu não concordo (com a cláusula)  do ponto de vista de esvaziar o público, mas são acordos que devem ser respeitados”, ressaltou.

Sobre o time, o presidente gostou da movimentação, mostrou confiança no sistema defensivo e acredita que o time só pecou na parte ofensiva, mas não por deficiência, e sim pelo novo esquema implantado por Claudinei Oliveira. Rassi defende a opção do treinador e acha que os jogadores vão se encaixar na nova ideologia aos poucos, e por isso, defende uma sequencia.

 “Eu acho que nós estamos pecando um pouco no ataque, esse novo esquema do nosso treinador ainda não tá bem assimilado pelos nossos atletas. Eu acredito que com um maior treinamento desses jogadores com essa nova filosofia, aí os gols deverão sair mais facilmente. Acredito que ele (Claudinei) está no caminho certo, depois que ele mexeu no time, com a entrada do João Paulo e do Léo (Bonatini) deu outra disposição ao jogo e eu acredita que a dinâmica é essa”