Foi uma negociação demorada, cerca de três semanas, mas no fim, o Goiás e o meia Carlos Alberto se acertaram e todos saíram felizes. O presidente do Goiás, Sérgio Rassi, também se mostrou muito contente com a nova contratação esmeraldina, apesar de já ter tido uma opinião totalmente diferente sobre o jogador, há menos de um ano.

No dia 7 de Agosto do ano passado, Rassi, quando ainda era vice-presidente e sequer cogitava ser presidente do Goiás, destacou que era “100% contrário” à chegada do meia pelos problemas extra-campo e toda a vida conturbada do jogador que saía na mídia. Rassi explicou que, depois de conhecer o atleta, mudou de ideia e, por isso, trabalhou muito pela contratação.

“Eu acho que tudo é dinâmico na vida da gente, eu devo ter feito coisas no passado que eu me arrependo hoje e não as faria novamente. Acho que a mesma coisa ocorre com o atleta. Naquela ocasião, como ele tinha cometido um ato de indisciplina, e eu como vice-presidente fui consultado sobre a conveniência da sua contratação, de fato eu fui contra, mas os tempos mudaram. Eu não conhecia o Carlos Alberto, era o que eu lia no jornal ou via nos comentários da mídia, mas dessa vez é diferente”

Carlos Alberto, mesmo há sete meses sem atuar profissionalmente pela suspensão injusta por doping, chega com o status de melhor contratação do futebol goiano na temporada. Aliás, para o presidente Sérgio Rassi, ele chega com status maior do que se Walter tivesse permanecido no clube. O presidente vê o meia um patamar acima, por tudo que ele construiu, e promete que o clube dará todas as condições para recuperar o bom futebol do jogador.

“Eu acho que ele é muito superior ao Walter, ele tem uma história no futebol brasileiro muito maior que o Walter. Ele se encaixa perfeitamente no perfil que estávamos procurando, mas agora nós temos que dar todas as condições para que ele execute o seu papel, ou seja, condições de treinamento, físicas, médicas e psicológicas. Uma vez oferecidas essas condições, o atleta vai desenvolver o seu melhor futebol”

O presidente explicou que ainda negocia para a chegada de mais um zagueiro, jovem, revelação, e que também aguarda o desenrolar da negociação com o lateral direito Yago Pikachu para fechar o ciclo de contratações pro Goianão. No dia que assumiu a presidência, Rassi explicou que o Goiás teria um teto salarial de R$99 mil reais, mas por onde passou, Carlos Alberto sempre teve salários maiores. O presidente explicou que dinheiro não foi a maior preocupação do jogador.

“Nós não vamos entrar em detalhes sobre a remuneração do atleta à pedido dele. Eu só posso dizer que essa não foi a prioridade do Carlos Alberto, em momento algum ele falou em dinheiro. Ele quer uma chance para jogar, que uma estrutura para ele poder demonstrar novamente ao Brasil o seu potencial e poder fazer o que gosta. Acho que a pior coisa é você estar impedido de fazer o que gosta e o que sabe, então a questão financeira, posso assegurar, foi secundária no acordo”