O Goiás completou 6 partidas sem vitória no Brasileirão ao ser derrotado pelo Fluminense, no último domingo, no Serra Dourada. Após o confronto, o presidente esmeraldino, Sérgio Rassi, concedeu entrevista à reportagem da Rádio 730.
O mandatário analisou a atuação do Verdão na partida. “Eu não tenho palavras. Estávamos jogando bem, tínhamos o domínio da partida. No primeiro tempo da partida podíamos ter definido. No começo do segundo tempo, o Bruno Henrique poderia ter feito 2 x 0. Depois levamos um gol numa bola perdida do Erik. O Fluminense deu dois chutes a gol e fez dois gols. Renan nem pegou na bola. Mesmo assim, surgiu um pênalti, com um jogador a mais, e erramos. Nos últimos 10 minutos, com 2 jogadores a mais, fomos inoperantes”.
Goiás perde de virada para o Fluminense e completa 6 partidas sem vitória
O dirigente ressaltou ainda que algo precisa ser mudado em relação a postura dos jogadores dentro de campo. “Sinceramente, eu não sei o que esta acontecendo. Agora, eu não bato pênalti, não sou eu que estou lá dentro. Precisa ser chamada a responsabilidade dos jogadores. É inadmissível o que está ocorrendo. Estamos perdendo várias partidas que não deveríamos perder, no detalhe. A gente tem que mudar essa realidade, alguma coisa está acontecendo. Falta, talvez, um líder dentro do campo. Sinceramente, não sei o que está acontecendo”.
O presidente também criticou a apatia de Felipe Menezes, que desperdiçou um pênalti no duelo de ontem. “O camisa 10 sempre tem que ter essa responsabilidade maior. Isso não está acontecendo com o Felipe, que alterna muito no jogo, tem hora que ele desaparece. É um jogador que estivesse em melhores condições é que deveria bater o pênalti, ao meu ver. O Erik estava num momento muito bom, ele que sofreu o pênalti e ele é um dos nossos cobradores. Mas também não vou ficar aqui choramingando. O Felipe costuma bater muito bem, mas ele não estava num dia muito bom. Claro que teve mérito do goleiro também, mas são detalhes, estamos perdendo partidas nos detalhes. Não é possível que essa sorte não vai virar”.
Sérgio Rassi avaliou a atuação do atacante Erik, que voltou a ser relacionado após quatro rodadas. “Só teve uma falha que foi no primeiro gol do Fluminense, em que ele, infantilmente, perdeu a bola na intermediaria. Suas virtudes foram muito maiores que esse pequeno defeito. Acho que ele foi o grande nome do jogo, ao lado do goleiro deles (Diego Cavalieri). Um jogador que ficou duas semanas sem jogar, sem ritmo de jogo, e fez um gol muito bonito, numa cavadinha que ele tirou o goleiro. O Bruno teve duas ou três oportunidades igual a essa e não converteu. O Erik é um jogador de bastante habilidade e que melhorou bastante no princípio da finalização e associa isso a sua velocidade. Então, creio que quem sabe, se o Erik tivesse participado das outras partidas, a gente teria colhido resultados melhores. Ele está indo para a Seleção, está em uma nova fase na vida dele, um aprimoramento na carreira dele, com certeza isso vai fortalecer e dar mais bagagem ao atleta”.
Por fim, o presidente voltou a comentar a decisão de afastar o atacante, que foi tomada pelo então treinador Hélio dos Anjos, em conjunto com a direção alviverde. “Foi uma decisão acertada. Ele não vinha jogando bem, isso é notório. A participação dele foi completamente diferente em relação às anteriores. Essa mexida com o atleta é pedagógica, ela faz parte do ensinamento. Acredito que tenha sido bom para ele essa pausa que ele teve para que voltasse com muito mais vontade de ser o Erik do ano passado”.