Às vésperas das festividades de fim de ano, mesmo sem nenhuma movimentação em campo, a semana foi de definições nos clubes do futebol goiano. As diretorias de Atlético-GO, Goiás e Vila Nova se mexeram em busca de contratações, renovações e mudanças administrativas para a temporada de 2012.

No colorado, as novidades não são muito boas, o que não assusta. O time esmeraldino teve mudança de comando e anunciou reforços. Já o rubro-negro trabalha com discrição, organizando a equipe para o próximo ano.

Planejamento alviverde

O Goiás, em especial, teve uma semana de muitas novidades. Na quarta-feira (21), em reunião do Conselho, o advogado João Bosco Luz foi aclamado como o novo presidente executivo para o biênio 2012/2013 com o aval, mais do que necessário, do ex-comandante e homem forte do Verde, Hailé Pinheiro. Para formar o elenco do próximo ano, o esmeraldino tem contado com a boa vontade, inércia e/ou incompetência do principal rival, o Vila Nova.

O meia David conseguiu liberação do time colorado na justiça, devido a falta de depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e foi anunciado como reforço na quinta-feira (22). Outro ex-Vila que reforçará o Goiás é Henrique, também após briga judicial.

No Vila, mais do mesmo

Não bastasse perder dois atletas que tinham contrato para o rival, o Vila Nova ainda não conseguiu anunciar os reforços que o torcedor espera para o próximo ano. O diretor de futebol, Jair Rabelo, trouxe Pitty, de 24 anos, zagueiro com quem trabalhou no Anápolis, na segunda divisão do Goianão, mas não conseguiu negociar com o atacante Maranhão, ex-Anapolina.

O dirigente argumentou que o atleta viria para o clube por meio de uma troca. O lateral John Lennon teria que ir para o Vitória de Guimarães, clube português, para que Maranhão viesse em definitivo. No entanto, segundo Jair, John Lennon “não quis ir”. Além disso, Ponte Preta e o Vitória da Bahia entraram na disputa pelo jogador. Derrota colorada.

No entanto, essa não foi a pior notícia da semana. Ídolo do clube, Roni levou, praticamente sozinho, a culpa pelo planejamento “pífio” feito em 2010 e não teve contrato renovado com o alvirrubro.  Mesmo com a dispensa, o diretor de futebol ainda afirmou que o Vila Nova tem uma “dívida” de gratidão com o atacante, que não será paga, muito provavelmente.

Clima tranquilo no rubro-negro

No Atlético-GO, a semana, assim como todo o ano, não teve sustos. De incomum, só o volante Róbston, que tem contrato com o clube e não deve ser emprestado, por decisão da diretoria, pedindo valorização salarial. Se bem que as entrevistas supostamente polêmicas do jogador nem são mais tão incomuns assim.

A diretoria, leia-se Adson Batista – diretor de futebol – renovou o contrato do atacante Felipe, trouxe o volante Fernando Bob, ex-Fluminense, e trabalha para tentar manter Rafael Cruz, que pertence ao Atlético Mineiro e estava no Dragão por empréstimo, além de Thiago Feltri, cujo contrato vence em fevereiro.

Notícia ruim, de fato, só uma. O clube não poderá mandar jogos no Estádio Antônio Accioly, pois a estrutura de uma das arquibancadas está condenada. Ruim para o clube, até certo ponto, mas bom, sem sombra de dúvida, para o torcedor, que terá a segurança resguardada.