Na noite de terça-feira, o Goiás empatou (1 x 1) com o Luverdense, no Serra Dourada, e segue em situação complicada na Série B, podendo, inclusive, figurar na zona de rebaixamento ao término da 18ª rodada.

Acompanhe a participação completa de Renan nos Debates Esportivos, da Rádio 730:

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O goleiro Renan, um dos atletas mais experientes do elenco esmeraldino, participou, por telefone, dos “Debates Esportivos” e falou sobre vários temas, como a campanha decepcionante do Goiás até aqui, o fato de estar como reserva, problemas internos e a chegada do Márcio, que acabou de deixar o Atlético.

Acompanhe os principais temas abordados durante a participação :

“É difícil explicar para o torcedor, quando as coisas não acontecem, não se encaixam e os resultados não vem. em cima disso, a pressão vai aumentando e vai complicando ainda mais para as coisas acontecerem e é o que vem passando com nosso grupo nessa temporada”.

Falta de união no grupo?

“Na verdade, futebol é resultado. Acredito que no Corinthians, que vem de título brasileiro, também tem jogadores que não são amigos. É normal no futebol e em qualquer profissão, ainda mais em um grupo grande como o nosso, com 42, 43 jogadores. É difícil ter uma irmandade, uma amizade igual uma família e temos problemas também. Não vejo esse grupo rachado ou que esse seja o motivo para as vitorias não acontecerem. quando as coisas não acontecem, sabemos que várias especulações, vários motivos vão vir a pauta, mas o mais importante é quem estar lá dentro trabalhar para os resultados acontecerem, para as vitórias acontecerem e é o que interessa e o que o torcedor quer. Só assim esses pormenores ficaram para trás”.

Cobrança e desempenho ruim

“A cobrança existe e todos somos conscientes da onde estamos, da responsabilidade de saber que o Goiás não pode estar na Série B, muito menos na situação que está. O que conta é jogar bem e nosso grupo não conseguiu uma regularidade na temporada toda, não é só na Série B, e isso está refletindo nos resultados e acaba refletindo em outras áreas do clube”.

Reserva

“Falhei mesmo em alguns jogos. Respeito a decisão do treinador e das pessoas que comandam a área técnica do clube e cabe a mim trabalhar. Quando eu vim para cá ninguém me garantiu titularidade. O contrato me garantiu oportunidade de trabalho e caberia  a mim. Eu trabalhei, busquei meu espaço no clube e também entendo que, quando o resultado não vem, vai pesando para todo mundo e eles optaram pela troca. Respeito a decisão e trabalho para reconquistar meu espaço”.

Inimizade com Ivan?

“Não vejo que o clima não seja bom. Não sou amigo do Ivan, temos perfis diferentes. Não que isso impossibilite o convívio, o trabalho e de saber que o clube e o resultado são muito mais importantes que qualquer um, que qualquer nome que está vestindo a camisa do Goiás. Neste momento vai aparecer que tem jogador insuportável, que tem problemas internos, mas nós dois temos maturidade suficiente para saber que, independente das nossas preferências, gostos e tudo mais, precisamos um do outro para trabalhar no dia-a-dia e, acima de tudo, para as coisas voltarem a acontecer. O Goiás não estando bem é ruim para todo mundo, não só para mim e para o Ivan”.

Chegada de Márcio

“É um grande goleiro, que fez história no Atlético. O Goiás tem todo direito de contratar quem entende, que acham que vai suprir alguma carência no grupo. Ninguém da diretoria me procurou para passar uma situação que não vou mais jogar no Goiás ou que tenho a titularidade garantida. Sigo trabalhando para buscar meu espaço e ajudar a tirar o clube da situação ruim, com a consciência que não sou o grande ou único responsável por tudo isso que está acontecendo. Nesse momento está tudo muito conturbado”.

Ciclo no Goiás perto do fim?

“Claro que fica complicado. Se o clube busca um goleiro do nome do Márcio, claro que o pensamento do clube é que ele venha para jogar e fazer um bom papel. Como falei, ninguém conversou comigo, não tenho problema nenhum de continuar trabalhando aqui no Goiás ou de seguir meu caminho. Sou profissional, respeito, sei como funciona o futebol e como as coisas são dinâmicas. Se o clube achar que um dos caminhos para melhorar a situação é a minha saída, não sou eu que vou criar problema para o Goiás, dentro do que eu encontrar que seja bom para mim. Numa negociação, tem de ser algo bom para as duas partes. Será uma conversa franca, como sempre foi”.