Na programação diária do Sistema Sagres de Comunicação sustento desde o anúncio do nome de Thiago Larghi como treinador do Goiás, que precisávamos ver o trabalho do técnico para fazer uma projeção das perspectivas de sucesso ou insucesso do time ao seu comando.

Quando falamos no trabalho do treinador, naturalmente não estamos falando apenas em avaliação de resultados, mas do trabalho como um todo: escalação, alterações durante o jogo, leitura da situação do jogo durante o seu andamento para orientação de posicionamento dos setores, relacionamento com o elenco e esquematização tática do time.

A justificativa para a espera se deu pelo fato de eu não conhecer o trabalho do profissional Thiago Larghi. Meu acesso foi ao currículo dele e sua passagem curta como treinador do Atlético Mineiro (assim mesmo meu acesso foi aos resultados dos jogos e não a todos os detalhes que menciono acima).

No jogo contra o Coritiba tirei para fazer a avaliação do trabalho do Thiago Larghi. O tempo dele no clube já é suficiente para esta análise e como só estamos tendo oportunidade de ver os jogos, em função das normas de prevenção à pandemia, a partida contra o Coritiba era ideal para a avaliação.

Time que joga a competição pelo mesmo objetivo do que o Goiás, permanecer na Série A para 2021, que não vem bem na competição e que tem um elenco limitado tecnicamente. É o adversário certo para ver que tipo de trabalho realiza o treinador e o que vi não me animou.

O time começou com posicionamento inadequado, sobretudo dos dois volantes, que não sabiam ao certo quem fazia o primeiro e quem fazia o segundo. O revezamento em função da indefinição acabou atrapalhando o desempenho da defesa e a saída de bola. Sem saída de bola o grupo do meio campo pra frente fica todo prejudicado e foi isto que aconteceu.

O jogo terminou 3 a 3, com o Goiás tomando o gol de empate nos últimos segundos do segundo tempo. Jogava com um jogador a mais, conseguiu a duras penas sair da desvantagem no placar para virar e aí veio a oportunidade de ver a competência do treinador.

A partir dos 15 minutos do segundo tempo o time foi incisivo até os 35 e a partir deste tempo Larghi mostrou toda imaturidade que tem, demonstrando também que as perspectivas do time ao seu comando, não são boas.

Jogando com um jogador a mais, um técnico com o mínimo de experiência, instrui o time para rodar a bola, tirando proveito do espaço a mais pelo jogador a menos no adversário e o treinador do Goiás não deu conta de praticar este princípio absolutamente básico, simples, lógico.

Recuou o time trazendo pra cima da sua zaga o ataque do Coritiba, com uma retranca mal feita e desorganizada. Não vou fazer a análise do elenco – Já disse que o elenco é fraco e mostrei onde o Goiás precisa de reforços. Não serei repetitivo.

A análise aqui é exclusiva do treinador e suas habilidades, sobretudo seu tempo como técnico deixam claro que além de pensar nas contratações de reforços para o elenco, o Goiás já pode pensar imediatamente em um novo nome para treinar o time.

Digo imediatamente porque se existe uma qualidade de time que precisa de treinador experiente e qualificado, é aquele que tem elenco ruim. Se demorar na troca, o Goiás corre ainda mais risco de ser rebaixado.