A defasagem de aprendizagem dos alunos, como consequência da pandemia de Covid-19, interferiu nos dados do índice de educação básica (IDEB 2021) em Goiás. O estado continua entre os primeiros do país, agora ocupando a segunda posição, com índice na ordem de 4,78, sendo 4,6 na rede pública de ensino para o Ensino Médio.
Em entrevista à Sagres, a superintendente de organização e atendimento educacional da Seduc-GO, Patrícia Morais Coutinho, afirmou que os números em Goiás foram diretamente atingidos pela necessidade de se implantar um ensino remoto. Segundo ela, apesar das dificuldades, o indicie em Goiás é para se comemorar.
Assista a entrevista completa:
“Já esperávamos um impacto negativo nos resultados, no momento em que a gente paralisa às aulas para priorizar vidas, sabemos que nem todos os estudantes vão se adaptar ao novo modelo. Nem todos os nossos estudantes conseguem aprender da mesma foram. Tivemos alunos que se adaptaram muito fácil e outros com maior dificuldade, o que com certeza impacta nos números”, revelou a superintendente.
Patrícia Coutinho afirmou ainda que muitos estados brasileiros adotaram um programa de aprovação automática, o que não aconteceu em Goiás. Ele explicou que essa prática pode ter mascarado a realidade educacional de muitos estados em 2021.
“A maioria das redes de ensino no Brasil implementou uma política de aprovação de todos os seus estudantes, como forma de evitar punição àqueles que não tiveram condições de acompanhar as aulas remotas. Ainda que a medida tenha como objetivo não prejudicar os estudantes, ela tem impacto direto nas taxas de aprovação e provocou um aumento artificial do Ideb”, afirmou.
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