Uma reunião no edifício-sede do Ministério Público de Goiás definiu as diretrizes para o cumprimento da liminar que proíbe a atividade de torcidas organizadas em Goiânia. Estiverem presentes no encontro representantes das polícias Civil e Militar, da Agência Goiana de Esporte e Lazer (AGEL), da Federação Goiana de Futebol (FPF), do estádio Serra Dourada, além do promotor Goiamilton Antônio Machado.
Goiamilton é o autor da ação judicial que resultou na liminar e que solicita a suspensão das torcidas organizadas por um período de cinco anos. O promotor explica as consequências da suspensão das torcidas e quais serão os procedimentos a serem seguidos a partir de agora. “Essa decisão pra nós não irá resolver a questão de forma absoluta, mas acredito que traz alguma contribuição para o torcedor. É uma medida para proteger o torcedor e não contra ele. O que tiver proibido, a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Ministério Público vão agir dentro de suas atribuições.”
Com o deferimento da liminar, estão suspensas em Goiânia não só as torcidas da capital, como Força Jovem (Goiás), Esquadrão Vilanovense (Vila Nova), Sangue Colorado (Vila Nova) e Dragões Atleticanos (Atlético-GO), mas também as torcidas dos clubes do interior e de outros estados. “A medida vale para qualquer torcida organizada na capital, independente de onde sejam. O que está proibida é a atividade de torcida organizada na capital goiana. Não está aqui tentando inibir a participação do torcedor. O que se está buscando é um disciplinamento que coíba a selvageria que tem acontecido,” argumenta.
Em Goiânia, o número de mortes relacionadas a futebol e briga de torcidas já se aproxima de 20. Somente entre o início de 2011 e 2012, foram registrados mais de dez casos.