Nesse domingo, o Goiás completou cinco partidas sem vitória no Campeonato Brasileiro. E após o revés para o então lanterna Joinville, de virada, por 2 x 1, o presidente Sérgio Rassi concedeu entrevista exclusiva à Rádio 730 e falou sobre diversos pontos, entre eles uma possível saída do técnico Hélio dos Anjos.

Acompanhe a entrevista completa de Sérgio Rassi:

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Confira os temas abordados na entrevista:

Falta qualidade técnica?

“Acho que é mais complexo que isso. Nas primeiras rodadas tivemos bons resultados com esse mesmo time. Não sei o que houve nessas últimas partidas, em que aconteceram algumas coisas incríveis como levar gol nos acréscimos em duas partidas. Aquela história de que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, com o Goiás não é verdade. É inadmissível termos jogados da forma como foi contra o Avaí. Contra a Ponte e contra o Sport, fizemos boas partidas”.

“Hoje, de uma maneira inacreditável, o time começou bem e dominava a partida e, em um lance pitoresco do nosso zagueiro, sofremos um gol. Em uma falha de marcação sofremos um gol de cabeça, pra variar, nos acréscimos, só que do primeiro tempo, dessa vez. No segundo tempo tivemos apenas uma oportunidade de gol”.

Necessidade de contratação

“Não é só má qualidade técnica. É notório que precisamos de um camisa 10, já que o Felipe não vem desempenhando bem essa função. Nas demais posições, temos um elenco regular, dentro das nossas possibilidades. Tivemos uma sondagem inicial com o Marcinho, do Vasco, mas acabou não evoluindo. Tem a possibilidade do Liniker, que é um jogador da casa, ser aproveitado, mas julgamos que é muita responsabilidade para jogar no garoto. Estamos atrás de um camisa 10. Dentre essas possibilidades, algumas são do mercado internacional”.

Tristeza com a derrota

“Tem horas que dá vontade de largar tudo. Estou com minha mãe e meu pai internados no hospital, e estou com uma gastroenterite. Parece que essa é a sina do Goiás, de recuperar os moribundos, que vem mal no campeonato. Peço desculpas à nossa torcida por passar por esses momentos difíceis”.

Hélio pressionado?

“Todos nós estamos sujeitos ao que acontece sobre nossa responsabilidade. O presidente tem culpa, o diretor de futebol tem culpa e o treinador também essa culpa. Não gostamos de tomar medidas precipitadas até porque não acreditamos que o treinador seja o maior problema. Ele tem o grupo sobre controle psicológico e emocional. Faz um trabalho árduo, convincente e persistente, mas às vezes algumas mudanças se fazem necessárias. Amanhã teremos uma reunião, com a cabeça não tão quente, e decidiremos o que é melhor para o clube. No Goiás não se decide nada sozinho. Gosto de ouvir meus companheiros de decisão, pensando sempre no melhor para o clube, mas se for pra ter uma mudança, ela será de imediato”.

Caso Erik

“Está na iminência de ser negociado com um clube de fora do Brasil. Teve uma indisposição com seus colegas de trabalho e com o treinador. Tentamos, em uma reunião, amenizar a situação e pedimos que o Hélio o reintegrasse ao grupo, mas de uma maneira amistosa, espontânea, não como uma ordem da diretoria. Todas as providências cabíveis para que ele voltasse, foram tomadas. Não achamos por bem impor situações. É uma decisão do grupo. Mesmo em fase de não excelência, o Erik nos faz falta”.

“O treinador nos avisou diversas vezes que iria sacar ele do time se ele não se comprometer nos treinamentos e continuasse com o baixo rendimento. O curioso é que, desde a sua saída, não conquistamos mais nenhuma vitória”.

Escolha entre Hélio ou Erik

“É uma boa pergunta, mas não vamos polemizar. Não acredito que seja por aí. Temos de pensar sempre no que for melhor para o Goiás”.

Existe possibilidade de renunciar?

“Já pensei nisso algumas vezes, principalmente no ano passado. Mas já assumi o compromisso de continuar. A única forma de pedir demissão será se eu perceber que a minha presença é danosa ao clube. Pode ter certeza que, se eu perceber isso, eu vou me afastar”.