(Foto: Adema/Governo de Sergipe) 

 

A renomada revista científica norte-americana Science, publicou dois estudos sobre o impacto do derramamento de óleo nas praias brasileiras. As publicações foram realizadas na sexta-feira (10), com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O primeiro trabalho aponta que o derramento de óleo teve extensão de mais de 3 mil quilômetros. E o segundo trabalho chama a atenção para os impactos do óleo nos bancos dos chamados rodólitos, que são ecossistemas marinhos compostos por algas calcárias.

Um dos autores dos trabalhos, o biólogo Marcelo Soares, disse que é necessário olhar com atenção especial para o ambiente no fundo do mar e comentou a extensão apotada pelo estudo. “Detectamos que o óleo já atingiu mais de 40 unidades de conservação. Todos estes ecossistemas têm um capital natural com grande oferta de bens e serviços ambientais à nossa sociedade, como geração de alimento, captura de carbono, regulação do clima, manutenção da biodiversidade e controle de poluição”, explicou.

Soares destacou que os estudos publicados abordam aspectos sociais, econômicos, ecológicos e políticos do desastre. “Os impactos decorrentes dos derrames vão durar por décadas”, disse. O biólogo acredita que a publicação dos estudos por uma revista conceituada com a Science, é importante para evidenciar a necessidade de articulação nacional e internacional para entender os impactos do óleo que se espalhou pelas praias nordestinas.

Marcelo Soares também destacou que os estudos servem para promover ações de reparação de danos, além de contribuir com o monitoramento e a recuperação dos ecossistemas impactados.

 

*Com informações do Ministério da Educação