O Projeto Museográfico da Exposição de Longa Duração do Museu integra as ações de revitalização das exposições de longa duração dos museus estaduais goianos, realizadas pela Agepel de janeiro a dezembro de 2010, que também contemplou o Museu Pedro Ludovico, reinaugurado em novembro. Além da revitalização da exposição, o Museu Ferroviário passou por ampla restauração de seu espaço arquitetônico. A obra foi realizada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) este ano.
Os trabalhos de reconstrução abrangeram a instalação de novos painéis e mesas expositoras de acrílico e aparelhos de audiovisual para exibição de vídeos. Uma das preocupações do projeto foi manter a originalidade da proposta de preservar a memória de ferrovia em Goiás, destacando a história da ferrovia, da cidade Pires do Rio e de seu povo em grandes painéis ilustrativos. Os painéis destacam a Memória dos Ferroviários, a Ferrovia no Brasil, A Estrada de Ferro Goyaz, As Estações Ferroviárias Goianas, A Ponte Epitácio Pessoa, A Cidade. Outros expõem texto e imagens da planta e fotos da cidade de Pires do Rio.
Criado e instalado no dia 8/08/88, no local onde funcionou a oficina mecânica das locomotivas a vapor da Rede Ferroviária Federal, o Museu nasceu da iniciativa do pesquisador Jacy Siqueira, que doou um vasto material sobre a ferrovia e a história de Goiás para o centro de pesquisa. O acervo do museu é constituído de locomotivas a vapor, balanças, máquinas, picotadores de passagens dos séculos XIX e XX, além de peças e objetos pessoais de ex-ferroviários.
Além do amplo acervo para pesquisa, o Museu Ferroviário dispõe de auditório e sala de conservação, espaços para exposições temporárias, mostras, festivais, encontros de artes, artesanato e eventos literários. Outro local importante é a Biblioteca Jacy Siqueira, centro de pesquisa que reúne vasto material sobre a estrada de ferro, a cidade de Pires do Rio e a história de Goiás.
A presidenta da Agepel, Linda Monteiro, afirma que o projeto de revitalização não termina com as ações de restauro e musealização. “Partindo do princípio de que os museus não são construções definitivas, mas sim um percurso coletivo em permanente construção e reconstrução, a missão dos governantes, técnicos e pesquisadores é transformar as práticas cotidianas em processos dinâmicos, interdisciplinares e criativos de construção do conhecimento”, ressalta.
