O Goiás está no mercado em busca de um novo treinador: Ricardo Drubscky, que teve proposta para renovação de contrato, decidiu não permanecer no clube para a próxima temporada. A decisão foi comunicada pelo treinador em ligação ao presidente Sérgio Rassi na noite desta terça-feira.

O presidente não quis dar maiores detalhes para a reportagem da 730 sobre os motivos que levaram Drubscky a recusar a renovação. Nos bastidores do clube, entretanto, sabe-se que o real causador foi o treinador não ser uma unanimidade no colegiado de dirigentes esmeraldinos, principalmente pelo voto contrário a renovação ter sido de Hailé Pinheiro. O presidente do Conselho não vetou a renovação, mas votou contra a permanência do treinador, que teria ficado constrangido em permanecer.

Drubscky tinha a proposta de renovar por mais uma temporada e também a promessa de que 2015 seria um ano com melhores condições financeiras para buscar reforços. O nome de Walter, por exemplo, já chegou a ser cogitado dentro do clube. Agora, o Goiás inicia a corrida por um novo comandante, e um dos nomes que agrada a diretoria e pode ser procurado é o de Wagner Lopes, que fez bom trabalho no rival Atlético-GO.

O técnico Ricardo Drubscky não teve um bom aproveitamento a frente do Goiás. Foram 43 jogos desde que o treinador foi contratado, antes da partida de volta contra o Botafogo-PB, pela Copa do Brasil, e o Goiás venceu apenas 15 vezes, empatou nove e saiu derrotado em 19 oportunidades, com um aproveitamento de 41,8%. O antecessor de Drubscky, Claudinei Oliveira, comandou o time em 19 jogos, onde obteve 11 vitórias, seis empates e duas derrotas, com aproveitamento de 68,4%.

O treinador, sem muitos recursos para contratar, privilegiou os jovens do clube, como por exemplo o atacante Erik, reveleção do Brasileirão Série A e que só ganhou sequência no time titular com a confiança do comandante. Além dele, Felipe Macedo e Saturnino também foram lançados no time principal. Por outro lado, Drubscky foi criticado por insistir com dois atacantes que despertaram a fúria dos torcedores: Bruno Mineiro e Samuel, dois contratados pelo clube após a chegada do treinador.