A derrota de ontem para o Independiente na Copa Sul-Americana não significou somente a perda do título e o desperdício da chance de voltar a disputar uma Libertadores. Junto com o troféu, foram embora também várias premiações em dinheiro, além da oportunide de montar uma boa equipe para 2011.

A queda em Avellaneda pode significar também a confirmação da saída de vários atletas do Goiás. Um deles é o artilheiro da competição, e principal jogador da equipe na campanha no torneio continental, Rafael Moura. O atacante praticamente deu adeus ao clube goiano após a partida desta quarta-feira.

“Minha vontade e pensamento sempre foi de permanecer, mas eu não posso iludir o torcedor. Eu disse que faria o possível se o Goiás classificasse numa Libertadores. Aí sim entraria o caixa, facilitariam as coisas pra concretizar uma transação pra eu poder ficar aqui”, comentou o jogador. Com o cenário do Goiás em 2011, Rafael Moura reconhece que dificilmente fica no clube.

“Hoje o Goiás disputando a Série B e o Campeonato Goiano realmente é muito difícil minha permanência pelos valores, por tudo, e até mesmo classificando para a Libertadores já seria muito difícil, mas ia prevalecer a minha vontade”, declarou Rafael. Ele ressaltou que não há nada oficial, e que é muito grato pelo clube goiano pela sua passagem por aqui.

“Mas é cedo ainda pra falar em despedida, eu sou muito grato ao Goiás e de antemão eu tenho que agradecer todo mundo, principalmente os diretores do Goiás”, disse.

Resultado frustrante

Artilheiro da Copa Sul-Americana, com oito gols na competição, Rafael Moura não escondeu a tristeza pelo vice-campeonato.

“Eu venho jogando muito bem a Sul-Americana, fui artilheiro, mas eu trocaria tudo. Eu queria ter jogado super mal hoje e ter ganho. Estou falando de verdade mesmo, porque é frustrante demais você tentar, e por tudo que a gente passou durante o ano, a gente conseguir um 2 a 0, um belo placar diante do nosso torcedor, e vir aqui hoje e não concretizar esse título”, disse.

A frustração para o jogador é ainda maior pelas chances que o Goiás teve no segundo tempo e na prorrogação. Segundo ele, o resultado final foi injusto. “Realmente é complicado, a gente não sabe quando mais o Goiás vai ter esse chance e quando vai ser esse grupo. Então hoje (quarta-feira) era a oportunidade única de cada um realmente na vida, e principalmente falando em termos de Goiás”, complementou Moura.