Terminada a temporada, as equipes começam a passar por reformulações visando os compromissos dos próximos anos. Neste processo, muitos deixam os e muitos chegam. Em meio à “novela” envolvendo o atacante Michael, que despertou o interesse do Corinthians e de times do exterior, o Goiás acabou perdendo nesta sexta-feira (13) um profissional da comissão técnica.

Após informação trazida pelo repórter André Rodrigues de que em sua renovação de contrato o técnico Ney Franco havia pedido o retorno de Alexandre Lopes, profissional da preparação física que já acompanhou o treinador em outras agremiações, o então preparador físico do Goiás, Robson Gomes, falou com tristeza de sua saída do clube às Feras do Kajuru.

“Não é um momento tão prazeroso porque sempre que a gente sai de um local que a gente gosta como é o Goiás, isso acaba trazendo muita tristeza. Como foi uma surpresa muito grande, a gente ainda acaba ficando com o coração magoado. Temos um carinho muito grande por esse clube e eu não me considerava só um preparador físico do Goiás. Só por curiosidade, quando algum profissional do futebol ia nos visitar em Goiânia e queria conhecer o CT do Goiás eu sempre tinha o maior prazer de mostrar as dependências do clube. Então é um momento de festas de final de ano, de férias, mas com uma dorzinha de saudade e tristeza”.

Robson Gomes (Foto: Rosiron Rodrigues/GEC)

Ele explicou que a diretoria o comunicou da vinda de outro profissional para sua função durante a festa de comemoração pela campanha do time esmeraldino na Série A, evento organizado pelo Goiás para os funcionários e familiares do clube no último domingo (8) contando até com show do sertanejo Felipe Araújo.

“Um dos momentos mais alegres no Goiás esse ano foi no domingo (8) a confirmação da décima colocação, classificação para a Copa Sul-Americana e uma vitória sobre o Grêmio. Nós estávamos nessa confraternização que o Goiás proporcionou para as famílias, comissão técnica, atletas e amigos, e de repetente o presidente (Marcelo Almeida), o doutor Mauro (Machado) e o Túlio (Lustosa) me chamaram para conversar. Eu estava no meu terceiro copo de cerveja e pensei “puxa, agora é o momento certo, vamos falar sobre novidades, ideias, acompanhar a evolução do futebol, fazer um centro de excelência e performance dentro do Goiás, melhorias para o CT e pensei vou colocar isso para eles”. Ai eles me falaram que o Ney (Franco) tinha trabalhado com o Alexandre em outras oportunidade e que gostaria de trabalhar com ele novamente, e que eu continuaria fazendo parte da comissão”, explicou Robson que continuou.

“Aquele copo de cerveja que seria o terceiro ficou como o segundo porque dali em diante estragou a festa, estragou final de ano e muitas ideias que eu tinha com relação ao próprio clube. Eles me deram até esta sexta-feira (13) para pensar nisso e apesar de na hora já ter uma decisão, preferi falar com familiares antes. Eu não sou um mercenário do futebol, sou um profissional que prezo muito pelo clubes onde eu trabalho e principalmente o Goiás. Eu não me veria trabalhando com outro profissional, eu sendo o primeiro ou ele sendo o primeiro, os dois fazendo a mesma função e no caso eu seria o segundo por exigência do Ney Franco. Então o Goiás estaria gastando a mais com um profissional e esse profissional não teria a importância do cargo em si porque ele seria um auxiliar. Eu me vi na situação de passar isso para o Goiás, as pessoas no Goiás tentaram me demover da ideia mas infelizmente hoje eu sou um profissional desempregado porque eu acabei externando uma situação que não me senti confortável para continuar”, destacou o preparador físico.

No Goiás desde 2012, em sua primeira passagem, quando ficou até 2014, Robson tem histórias com a camisa esmeraldina. Nesta temporada retornou à Goiânia após passagens pelo Coritiba e pela Chapecoense, e comandou o Goiás na derrota diante do Corinthians em Itaquera no período entre a demissão de Claudinei Oliveira e a contratação de Ney Franco.

Com a promessa de ser o preparador físico permanente do Goiás Esporte Clube, Robson Gomes encerra seu quarto ano no clube magoado.

“A mágoa existe porque eu fui contratado para ser o profissional da casa, então eu pensei que iria continuar. Falando com o Dr. Marcelo Almeida, eu disse que esse ano eu recusei três propostas sem ninguém saber, sem fazer leilão com o clube. Eu tinha um acerto para uma renegociação do meu salário em setembro, nós estávamos em um momento muito turbulento, não achei que seria interessante para o clube eu conversar e eu deixei para conversar agora no final do ano. Essa magoa acaba acontecendo porque eu me entreguei de corpo e alma para o Goiás neste período, ainda mais que fiquei sozinha já que minha família ficou em Curitiba por causa de estudos. Então a mágoa é geral, não direcionada a uma pessoa ou outra. Eu não pensei que isso fosse acontecer comigo no Goiás que é um clube que eu gosto tanto e tenho um carinho tão grande”, revelou às Feras do Kajuru.

Além do preparador físico Robson Gomes, também deixou o Goiás Esporte Clube nesta sexta-feira (13) o então responsável pelo marketing esmeraldino, Eduardo Rezende.

Confira na íntegra a entrevista de Robson Gomes às Feras do Kajuru durante o programa K Toca de Primeira Debates:

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