O Atlético encara na noite desta quarta-feira o Itumbiara, às 22h, no estádio JK, no Sul do estado, mas o foco principal não é a partida, e sim o atraso salarial que é evidente no clube nos últimos meses. A última promessa da diretoria era de pagamento na segunda-feira (25), o que não aconteceu.

Os jogadores se reuniram com Adson Batista e em entrevista coletiva, um dos líderes, o experiente Róbston, cobrou uma postura do presidente executivo Valdivino de Oliveira, que não compareceu na reunião. Para o jogador, o atraso pode começar a atrapalhar o futebol da equipe na reta final de Goianão.

“Eu acho que o presidente tem que tentar resolver o mais rápido possível sim, porque já são quase três meses, tem gente que tá quatro meses de direitos de imagem atrasados. Tem que tentar resolver o mais rápido possível, até porque pode chegar o momento que as coisas não vão caminhar do jeito que é para caminhar. Os problemas vão começar a afetar dentro de campo, a verdade é essa, e pode ser na reta final da competição, que a gente ia precisar estar mais tranquilo”

Róbston voltou ao Atlético nesta temporada, mas já teve longa trajetória pelo clube, jogando em 2007 e depois, de 2008 à 2011, e sabe que salários atrasados não é algo comum na instituição rubro-negra. O jogador reconhece que qualquer um fica desestabilizado com dívidas para pagar e revela que o diretor de futebol, Adson Batista, se ofereceu para ajudar do próprio bolso, mas isso não é responsabilidade dele.

“Às vezes você está indo para o campo pensando em jogar futebol, mas já tá pensando nas contas que tem que pagar amanhã e como é que vou arrumar o dinheiro para pagar isso, pessoas ligando para te cobrar. Tem muita gente que faz compromisso, compra um apartamento, um carro, tem o colégio do filho, tem as compras do mês para fazer. O Adson já se dispôs a tirar do bolso dele para ajudar, mas ele é um funcionário como a gente, ele não vai solucionar os problemas do Atlético”