Em quase toda a relação humana há limite para tudo até em guerra. Nas guerras mais sangrentas a regra é por exemplo, respeitar o pessoal da Cruz Vermelha. Se voce mora num condominio, voce tem que obedecer as regras estabelecidas para o local e daí por diante. Num jogo de futebol é comum a provocação. De xingar o cara de tudo, até a famosa “dedada” passando por beliscões, socos e tudo mais. Mas tudo tem limite.
No ultimo domingo 24, aconteceu algo muito desagradável no jogo entre Goias e Vila Nova envolvendo o esmeraldino Wagner e o meia Robston do Colorado. Na segunda etapa de jogo o atleta do time Verde começou a provocar o Vilanovense insinuando que esse seria um “drogado” pressionando o nariz com os dedos.
Tenho visto o esforço de Robston em retomar sua vida de normalidade desde 2014 ano em que foi pego no anti doping por uso de cocaína. A maioria das pessoas sabe o que as drogas causam nas famílias. Quantas pessoas são consumidas por elas, acabando com casamento, tornando filhos órfãos, levando o usuário a muitas vezes morar na rua. Pelo que sei, Robston tem tido um comportamento exemplar, nunca mais se envolveu com o “pó”, e sempre nas entrevistas exalta a importancia da familia na sua recuperação. O caso dele e de tantos outros são exemplos de quão importante é o apoio da familia e de amigos num momento tão delicado.
O jogador do Goias foi desrespeitoso com um colega de profissão que por acaso é seu rival no futebol, mas não deveria ser classificado como inimigo. Com seu gesto, Wagner feriu a familia do seu oponente e como disse no início, para tudo há um limite inclusive nas provocações dentro de campo. Sei que muitos atletas poderiam encarar esse tipo de provocaçao com tranquilidade, mas nem todos são assim. Ele será acionado na Justiça e veremos qual será o resultado de tudo isso. O fato é que o ocorrido deve servir de exemplo para todos os atletas que se depararem com esse tipo de situação.