A pior temporada da história do Vila Nova Futebol Clube está próxima do fim, e muitos ainda tentam explicar o que aconteceu para o time ser rebaixado no Goianão e também na Série B, ainda que este último não esteja confirmado matematicamente. Rodrigo Nogueira, que assumiu a presidência executiva após a licença de Joás Abrantes, viveu toda essa situação e tem algumas teorias sobre o fracasso colorado. Uma delas foi a política de contratações do diretor de futebol, Roni.

“Ele teve total autonomia de contratações, isso eu participei de todas as reuniões com o grupo. Eu, particularmente, não contratei nenhum jogador, mas a culpa pode ser de todos. Às vezes, se eu tivesse batido a mão lá atrás e feito essa mudança, talvez hoje nós estaríamos até brigando para não cair, mas com condições de chegar na reta final com algo positivo. Dos times que subiram da Série C com a gente, nenhum está nessa situação, e eles mantiveram a base. Temos que repensar”

A mudança que Rodrigo se refere era a saída de Roni da diretoria, algo que pessoas ligadas a ele até tentaram por meio de um abaixo-assinado, mas que não foi aceita pelo Conselho Deliberativo. Aliás, as brigas dentro do Conselho é outro motivo para a derrocada do Vila, segundo Rodrigo, o que demostrou um clube rachado, com pessoas jogando contra o clube.

“O pessoal vai ter que largar de picuinha dentro do Conselho, hoje em uma reunião do Conselho no Vila só vira discussão, e isso é uma vergonha. Nós tivemos a última reunião e tudo que aconteceu lá foi falado nas rádios, isso é uma vergonha, não acontece em clube nenhum. Eu fiquei envergonhado no outro dia, o Vila tem que começar a mudar dentro do Conselho, tem que mudar lá do berço”

Rodrigo não sabe se vai continuar como presidente do clube para a próxima temporada, mas garante que não se esconde, nem mesmo na fase ruim, e tem sido um dos poucos da diretoria que vai aos jogos para acompanhar o time nesse fim de Série B. A crise financeira foi o terceiro motivo levantado pelo presidente executivo, já que o clube não paga os funcionários há três meses e a situação está insustentável para alguns.

“Tem que reunir todo mundo, o pessoal hoje deu uma afastada. Hoje, o Vila Nova não tem dinheiro, até porque se tivesse dinheiro em caixa, a gente teria pago os salários. Hoje não temos, até pode surgir uma situação da gente vir a ter e nós estamos trabalhando para isso, independente da situação que o Vila está. Enquanto tínhamos condições, nós conseguimos manter os salários em dia, tivemos conversas com os atletas e passamos isso para eles”