Os ex-secretários de Segurança Pública, Ernesto Roller e da Fazenda, Jorcelino Braga, também estiveram presentes na tarde desta terça-feira na sede da Superintendência da Polícia Federal, por conta da operação “(Quinto) Mandamento”. Eles foram prestar esclarecimentos, revelou o delegado geral da PF, Carlos Antônio da Silva

“Me foram feitos alguns questionamentos, e eu esclareci aquilo que me competia. Me perguntaram especificamente sobre quatro ou cinco nomes, se eu os conhecia, e eu conhecia, como conheço muitos policiais. Mas nós fizemos aí centenas de promoções nesse período em que fui secretário. A gente acabou conduzindo esse processo de promoções, mas dizer que existe tráfico de influência é verdadeiramente um absurdo”, declarou Ernesto Roller.

Jorcelino Braga teve o mesmo discurso do ex-secretário de Segurança, e também negou que teria praticado tráfico de influência. “Nunca tive influência em nada. Como qualquer agente político, as pessoas me procuram. Amigos, empresários, policiais militares, na época das promoções, te procurarem pra você ajudar, pra tentar ajudar, eles fazem muito”, explicou.

“O que eu fazia na época, todos os pleitos que vinham a mim, eu passava para a pasta competente para fazer a devida avaliação. Todos os pedidos que vinham em relação a Polícia Militar eram encaminhados ao Coronel, e ao Ernesto Roller”, complementou Braga.

“Não é o centro da investigação”

O superintendente regional da Polícia Federal em Goiás, Carlos Antônio da Silva, reforçou o que foi dito pelos ex-secretários, de que eles apenas prestaram esclarecimentos sobre o caso. Segundo Carlos, os dois não serão objetos diretos da investigação.

“É um ato administrativo, não tem a ver com o foco, com o centro da investigação”, disse. “Houve, em algum momento, promoções não muito ortodoxas na lista de promoções dentro das Polícia Militar. Tem uma lista de preferência, e ali seria o tráfico de influência, de promover uma pessoa para agradá-lo, ou recompensá-lo por algum motivo”, disse.