Foto: Rosiane Braga/Portal 730
O Deputado Federal e Presidente Regional do Democratas (DEM), Ronaldo Caiado, em entrevista à Rádio 730 nesta sexta-feira (18), ao comentar a possibilidade do vice-governador, José Eliton, deixar a legenda, revelou detalhes da convenção partidária que indicou para composição de chapa com o então candidato a governador Marconi Perillo em 2010. Ele também retomou a sua trajetória política para reafirmar a vontade de disputar a eleição ao governo do Estado.
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Caiado declarou que José Eliton tem consciência das dificuldades enfrentadas para que ele fosse candidato à vice para que hoje seja ventilada a possibilidade de mudar de sigla. “Não se pode nessa hora dizer simplesmente que eu vou sair do partido. As coisas não são assim, o DEM quer a relação de compromisso dele, de crescimento e fortalecimento do partido”, salientou. Ele frisou que durante as eleições municipais, período em que esteve internado por problemas de saúde, recebeu informações que Eliton não teria apoiado candidatos do DEM no interior do estado. Caiado informou ainda que “jamais existiu a relação de subserviência”, mencionada por José Eliton em uma publicação jornalística e afirmou que “ele (José Eliton) inexistia na vida política e alcançou o segundo maior cargo do estado” com ajuda do DEM.
Segundo o deputado, a escolha do nome de José Eliton contribuiu para que o partido sofresse a perda de dois deputados federais e o maior prefeito da legenda no estado. Atualmente na Câmara dos Deputados, Heuler Cruvinel e Vilmar Rocha (que naquele momento ainda não estavam em cargos eletivos) articulavam para assumir a vice na chapa com Marconi. Com a escolha de Eliton, os dois posteriormente migraram para o PSD. O prefeito de Rio Verde, Juraci Martins, padrinho de Cruvinel, também ficou insatisfeito e optou por trocar de partido.
O deputado chegou a contar com o “espírito natalino” do vice-governador para tentar reforçar os laços. Ele afirmou que esperou uma ligação de Eliton no período de festas de final de ano, mas o telefone permaneceu em silêncio. A relação entre os correligionários está estremecida desde a formação das alianças em 2012, quando o DEM cedeu a cabeça da chapa majoritária para disputa a prefeitura de Goiânia ao vereador Simeyson Silveira (PSC). O advogado Rafael Rahif, do Democratas, ocupou a vice liderança. Eliton ventilava a possibilidade de entrar na disputa.
Candidatura ao governo
O presidente da sigla explicou que ninguém impõe uma condição, mas ao mesmo tempo nunca escondeu sua vontade de ser candidato ao governo. “Estou ouvindo as lideranças e a partir do dia 22 de fevereiro saio pelo Estado a fora”, esclareceu. Ao ser questionado sobre o Estádio Olímpico, Caiado diz que não sabe identificar o culpado, mas o que o preocupa e a proliferação do mosquito da dengue no local. Segundo ele, com a oportunidade de estar à frente do governo não teria constrangimento em buscar alianças, como participações da livre iniciativa.
Para falar sobre a implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) em Goiânia, Caiado diz não tem uma opinião formada sobre o assunto, mas acredita que é um transporte muito mais ágil e moderno e que, a princípio, ele se posiciona como favorável a implantação. Ao comentar se venderia a CELG, Ronaldo Caiado negou a possibilidade disse que lutou muito pela companhia. “A CELG é a maior empresa do Centro-Oeste brasileiro, como deputado federal fiz várias críticas a presidente da república de não atender os empréstimos, estamos vendo o BNDES injetando milhões de reais na Petrobras”, argumentou.
Liderança da bancada
Ronaldo Caiado revelou ainda que vai fazer um giro por cinco estados, para conseguir angariar votos e disputar a liderança do Democratas na Câmara.