Sempre fui receoso quando um ídolo assume um papel importante e decisivo dentro do clube em que ele alcançou a consagração.
Zico nunca quis ser técnico e nem presidente do Flamengo… Está certo.
Se o Galinho assumisse um cargo desse porte colocaria a torcida rubro negra em uma posição complicada.
Outros grande nomes do futebol sofreram isso na pele:
Imaginar que a torcida do Inter já vaiou Falcão e Fernandão.
Os gremistas criticaram Renato Gaúcho que também já sofreu com a galera do Fluminense.
Roberto Dinamite que foi um monstro com a bola nos pés e agora assombra os vascaínos com sua administração fora das quatro linhas.
Existem vários outros exemplos.
Hoje o Vila Nova vivencia essa difícil situação.
Roni que já foi carregado nos braços pelo torcedor, assumiu o futebol tão criticado no Onésio Brasileiro Alvarenga.
Mostrou coragem, abandonou a função de empresário e colocou a cara para bater.
Apostou em Sidney Morais, técnico emergente e que vinha de um excelente trabalho no Icasa em 2013.
Com ele chegaram vários jogadores, reforços indicados para um time que em momento algum adotou o discurso de acesso, mas sim de permanência.
Após quatro rodadas a lanterna da Série B é a realidade colorada… Até agora só vexame.
Diferente do que acha Roni, eu não consigo enxergar crescimento nas atuações do Vila Nova. Enxergo apenas vontade e até agora uma falta de organização entre os setores.
A defesa é muito criticada e o ataque não balançou as redes de ninguém.
Para piorar o quadro, Sidney abandonou o barco… Aceitou a proposta do Náutico e deixou a diretoria de futebol na chapada.
O trabalho de Roni está em xeque, ele não pode errar no nome do novo comandante.
E eu pergunto:
Quem será o novo técnico?
Com ele vem mais reforços?
Ele conseguirá com esse elenco tirar o time do sufoco?
E o torcedor vermelho que vem de seguidas humilhações, até quando terá esperanças de ter um Vila Nova forte para torcer?
No trabalho de Roni estão depositados esses sonhos.