O deputado federal Rubens Otoni (PT) afirma que apesar da Operação Monte Carlo e CPI Cachoeira, as discussões políticas em Brasília continuam. O parlamentar cita o Código Florestal aprovado na Câmara Federal que ainda aguarda a sanção da presidente Dilma Rousseff. Para ele, é possível que surjam novidades nesse processo e que o código volte para a Câmara. Ainda sobre os debates, o petista destaca a divisão dos Royalties do Petróleo e Marcha dos Prefeitos que se inicia nesta terça-feira (15).

Sobre a Operação Monte e CPI Cachoeira, o petista relata que mesmo não integrando a comissão, tem acompanhado o processo não só por Goiás ser o foco, mas, por ter tido o nome envolvido por meio de um vídeo.

Segundo o parlamentar, seu nome não é citado na Operação Monte Carlo e nem Operação Vegas. “Não há nenhuma gravação comigo ou citação do meu nome”. Para ele, a exposição do vídeo foi uma estratégia para desviar o foco da investigação. “Uma gravação feita a partir de uma fala de 2004, fora do contexto, clandestina, criminosa, por meio de montagem e edição para tentar me comprometer”. Rubens afirma que na época concorria ao cargo de prefeito e visitou inúmeras empresas em busca de apoio e contribuição financeira. “Não serei chamado para depor na CPI porque não sou citado”.

Sobre a proposta do governador Marconi Perillo de uma CPI para investigar todas as empreiteiras e agentes públicos que contrataram as obras, Rubens diz: “Acho uma boa proposta, mas ela não está sendo colocada de maneira clara. Não podemos fazer uma CPI que não tenha foco, é como o governador Marconi Perillo está propondo. Justamente para tirar o foco. Agora vamos investigar tudo? Tudo significa o quê? É o desejo de investigar nada”.

Otoni nega a possível resistência da base do Governo Federal para investigar a Delta Construções. “A CPI não tem como segurar a investigação que está em curso. A Delta está sendo investigada e será em todo o país”. De acordo com o petista, a CPI tem um cronograma e ainda não há oitiva para ouvir os governadores citados.

O vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho, o desembargador Júlio César, indicação de Rubens, também foi citado. Segundo o deputado, não só ele, mas diversas lideranças são procuradas para emitir apoio, mas não mantém contato com o desembargador, nunca houve visita ao Tribunal e não esteve presente na posse.