BELO HORIZONTE (Reuters) – O técnico da seleção argentina, Alejandro Sabella, disse nesta sexta-feira que não lhe incomodaram as declarações de Lionel Messi sobre sua preferência como jogador por um esquema tático ofensivo. Sabella colocou panos quentes sobre a polêmica surgida na Argentina ao redor das afirmações de Messi, que durante a semana desaprovou a tática empregada no primeiro tempo da vitória sobre a Bósnia por 2 x 1, na estreia pelo Grupo F do Mundial.

“Não me incomodaram em absoluto suas observações, além do mais, ele já havia me dito. Disse como gosta de jogar, não fez mais do que reiterar, e com todo o respeito. Vivemos em um clima de cordialidade, se respira um grande espírito de grupo”, disse Sabella em uma coletiva de imprensa no estádio Mineirão, em Belo Horizonte, onde a Argentina enfrenta o Irã neste sábado.

Na estreia no Maracanã, Sabella colocou um linha de cinco na defesa e deixou Gonzalo Higuaín no banco, mas diante do mal desempenho da equipe, decidiu fazer mudanças no intervalo para voltar ao esquema 4-3-3, preferido por seus atacantes.

“Dou liberdade para que digam o que quiserem. Quem decide quem vai à coletiva (de imprensa) é o técnico, e fui eu quem disse a Messi que fosse, quando podia não ter feito isso. Sinto confiança profissional e humana nos jogadores que tenho. Se alguém não deseja falar ao outro é porque está inseguro; eu os mando (falar com a imprensa) e que digam o que quiserem, porque estou tranquilo”, acrescentou.

O técnico explicou que retornaria ao esquema mais conservador em 5-3-2 se julgasse necessário. “Se tivermos que mudar, vamos mudar.”

Na véspera do duelo com o Irã em Belo Horizonte, Sabella confirmou que vai arrumar o time do modo que mais agrada a Messi. Sabella também disse que sua equipe não deve subestimar o Irã e advertiu que quem pensa ser impossível perder para o time asiático incorre no “pior dos pecados”.

“São 90 minutos, o futebol é o mais imprevisível dos esportes. Temos confiança em nossas forças e acreditamos ter a capacidade, mas pensar que não podemos perder seria o maior de nossos pecados.”