A sessão na Câmara dos Vereadores de Goiânia para apreciar o pedido de licença de dez dias do prefeito Paulo Garcia (PT), virou palco de embate entre situação e oposição na Casa. Antes de iniciar e durante a sessão, o debate que tomou conta no Legislativo Municipal, foi acusação de nepotismo do vereador Santana Gomes (PMDB) quanto ao Presidente da Câmara Iram Saraiva (PMDB) de assumir o executivo durante a licença de Paulo Garcia.

Santana Gomes questionou a ida temporária do colega de partido ao Paço Municipal, já que Iram Saraiva Junior, também do PMDB, ocupa atualmente o cargo de primeiro escalão na prefeitura de Goiânia.

O vereador afirmou que deve ficar a cargo do Ministério Público questionar a legalidade dessa situação, no entanto ele levantou um debate quanto à moralidade do presidente Iram Saraiva estar no comando do executivo municipal tendo como secretário de governo seu próprio filho.

Santana Gomes chegou a defender a exoneração sumária de Iram Saraiva Junior, e acusa de nepotismo indireto o fato de o pai ocupar uma cadeira no legislativo e o filho ocupar uma cadeira no primeiro escalão do executivo municipal.

“Todos os atos do poder executivo municipal terão assinaturas de pai e filho, e para mim isso é nepotismo direto”, destaca o vereador.

“Mesmo o poder legislativo sendo uma casa independente do executivo, já existe ai o nepotismo indireto, mas independente disso, o nepotismo direto é completamente imoral em minha opinião”, completa.

Ao ser perguntado se este não é um ato normal da política, já que Goiânia não tem vice-prefeito, o vereador argumentou que todos os atos da prefeitura e do poder legislativo são atos políticos, e o que não é normal é o secretário de governo, que é filho do presidente da Câmara ser o secretário de governo enquanto o pai assina como prefeito.

Iram saraiva disse que as alegações provocam frouxos de riso. “Vamos tratar as coisas com mais seriedade. “Educação moral e pessoal cuido eu, a moral pública e jurídica quem cuida é o povo” retruca o presidente.