Após a saída de Edemundo Dias a frente da Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus) e o governador Marconi Perillo ter decretado estado de emergência no sistema prisional, as primeiras medidas serão adotadas nos próximos dias. Entre as ações estão: mudanças de organização de condutas e alterações nos controles de entrada e comunicação.

O superintendente interino da Sapejus, Coronel Edson Costa Araújo, descreve que condutas consideradas como excessos de regalias serão verificadas, item por item. “
Até para que nós temos segurança nas coisas, nós vamos regulamentar tudo. O fogão, a geladeira podem estar lá? Então nós vamos regulamentar. Os nossos servidores terão que atuar no sentido de cumprir o que for estabelecido. Alguns objetos são permitidos. O que a lei permite, nós vamos permitir também,” aponta.

Questionado se as medidas podem trazer problemas no sistema prisional, Edson Costa Araújo, argumenta que não há outra saída, mesmo se tratando de um barril de pólvora como a área penitenciária. Ele garante que não vai perder a sensibilidade ou passar por cima dos direitos humanos durante os procedimentos.

Uma das principais medidas a serem adotadas é evitar a comunicação de presos com o mundo exterior, utilizando telefones celulares. O complexo penitenciário de Aparecida de Goiânia, já conta com bloqueadores, mas eles não funcionam.

Edson Costa revela que os atuais bloqueadores de celulares não funcionam bem, e que outro equipamento mais eficaz será adquirido para solucionar o problema. Até lá, a administração da penitenciária vai intensificar as revistas nas celas.

As medidas anunciadas não são apenas válidas para o sistema prisional em Aparecida de Goiânia, mas em todo o estado de Goiás.