A prefeitura de Goiânia vai iniciar na próxima semana a realização de testagem em massa da população para checar quem se contaminou pelo novo coronavírus. A prefeitura adquiriu 270 mil testes, 100 mil do padrão ouro (RT-PCR) e 170 mil testes RT-PCR rápido, tecnologia recém-chegada no Brasil que detecta o antígeno viral a partir da mucosa naso-orofaringe (swab nasal). Nesta semana, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) define com as empresas vencedoras dos dois pregões eletrônicos, de São Paulo (teste rápido) e de Aparecida (RT-PCR), as articulações para escolha dos locais onde o material vai ser colhido.
A diretora da Superintendência de Vigilância de Saúde, Grécia Carolina Pessoni, informou à Sagres 730 nesta terça-feira (28) que a SMS pretende usar o PCR tradicional para testar as pessoas com sintomas da covid-19 que procuram as unidades de saúde do município e o PCR rápido para uma testagem maciça da população em estruturas como tendas e drive thru. Os pacientes que estiverem sintomáticos em casa e seus contatos também serão testados.
“O Ministério da Saúde oferece o exame para pacientes que estão internados. Desde o mês de abril, Goiânia faz o exame para pessoas com síndrome gripal, ou seja, pessoas que apresentam sintomas de covid, mas que não precisam de internação. Até o momento, Goiânia já realizou cerca de 100 mil exames, e agora estamos com o projeto de ampliar essa testagem, fazer essa busca ativa nos bairros onde há um número maior de casos”.
De acordo com a diretora da Superintendência de Vigilância de Saúde, com o aumento da demanda por testes de covid, a Prefeitura gastaria cerca de 40 dias para realizar todos os testes adquiridos. Os pacientes que testam positivo são acompanhados pelo serviço de telemedicina do município. “Todos os pacientes positivos são acompanhados por médicos, enfermeiros e psicólogos por 14 dias após o início dos sintomas”, disse. “As pessoas que são sintomáticas, são acompanhadas diariamente. As que são assintomáticas são acompanhadas de dois em dois dias, por 14 dias, se ele apresentar algum sintoma, o acompanhamento passa a ser diário”.
Grécia Carolina ressaltou que a testagem em massa será realizada após uma análise. “Nós vamos iniciar na região norte, porque é uma região periférica da cidade, onde mostrou um aumento progressivo da doença comparado a outras regiões. Então baseado nisto, nós vamos fazer a testagem em massa lá”, afirmou. “Cada teste custa R$ 140,00 e nossas ações são baseadas em todo um conjunto de decisões, em parceira com a UFG. Não baseamos no quantitativo, nossa intenção é trabalhar em evidencias científicas”.