Foto: Rosiane Braga/Portal 730

Sem consenso entre os muitos segmentos do setor agropecuário não há como aprovar o aumento das taxas propostas pela agência goiana de defesa agropecuária (agrodefesa). Em entrevista à Rádio 730, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner explica que as conversas evoluíram até certo ponto. “Alguns setores avançaram outros não. A Faeg sendo uma entidade plural representando todos os produtores e segmentos agropecuários do Estado ela tem que ter um posicionamento, que é contrário ao aumento de taxas neste momento”, declarou.

Ouça a entrevista na íntegra: {mp3}JOSE_MARIO_FAEG_06_12{/mp3}

De acordo com o presidente as conversas continuam. Nesta quarta-feira, a comissão de grãos e fibras se reuniu na federação para discutir a taxação sobre a área vegetal e normalmente o posicionamento foi contrário. “Nós temos que reconhecer o trabalho, o papel importante que a Agrodefesa se desenvolve na qualidade e sanidade dos nossos produtos. Agora o que mais tem sido discutido pelo setor é que vem somente a constituição e criação de novas taxas sem que isso venha acompanhado de um projeto estruturante”, ressaltou.

Schreiner questiona porque se discute apenas elevação de taxas e não um projeto estruturante para o setor rural, onde pode prever assistência técnica mais eficiente, pesquisa agropecuária consistente e prêmios do seguro rural. “Temos um conjunto de ações que devemos tomar para o setor rural e que eu acho que esse é o momento adequado, não apenas elevação e repactuação de taxas. Reconhecemos que tem alguns anos que a Agrodefesa não corrige, agora de uma vez só e de uma forma única. Simplesmente discutir taxas, o setor rural está totalmente contrário. Por isso que nós propormos que fosse retirado esse item da pauta que está sendo discutida na Assembleia Legislativa”, salientou.