Os nervos estiveram à flor da pele na manhã desta terça-feira (7) na Câmara Municipal de Goiânia. Taxistas e motoristas do Uber estiveram presentes no plenário da casa para pressionar os vereadores sobre o projeto de lei que regulamenta a utilização de aplicativos de transporte remunerado de passageiros na capital.

O presidente da Câmara, vereador Anselmo Pereira (PSDB), se irritou ao ser questionado sobre a existência de boatos em relação a parlamentares que estariam recebendo dinheiro para aprovar o projeto que regulamenta o Uber em Goiânia.

“Eu vou rechaçar qualquer manifestação desta natureza, absolutamente. Se alguém está falando isso, essa pessoa, se eu descobrir quem é, pode ter certeza que vai parar na barra da lei imediatamente. Aliás, vai direto pra delegacia”, ressalta.

Os taxistas são contrários à implantação do serviço Uber e alegam que o transporte de passageiros não pode ser realizados por carros particulares. O presidente da Associação de Permissionários de Táxis de Goiânia, Hugo Nascimento, afirma que, caso o aplicativo seja regulamentado, o serviço de táxi corre o risco de deixar de existir.

“A posição nossa é para alertar os vereadores do quão importante é discutir essa questão, para que eles tenham a percepção de que a profissão taxista está próxima ao fim. A gente já tem vários exemplos como na Califórnia, nos Estados Unidos, a Yellow Cab Co-Op, maior companhia americana, que pediu falência devido ao dumping praticado pela empresa Uber”, destaca.

A votação sobre a regulamentação do Uber seria realizada nesta terça-feira (7), não fossem divergências encontradas no texto de duas emendas do projeto feitas pelos vereadores Carlos Soares (PT) e Elias Vaz (PSB). Em razão disto, o pleito foi suspenso, como destaca o presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, vereador Divino Rodrigues (PROS),

“A gente tem duas emendas de igual teor, e elas vão ser unificadas. Isso acontecendo, os dois vereadores que são donos de duas emendas, vão assinar uma emenda só. Essa emenda volta para a Comissão, a gente aprova, vai para a Procuradoria que a manifesta, ela volta ao plenário com um teor só. Duas emendas com os dois parlamentares assinando juntos”, argumenta.

Com informações do repórter Jerônimo Junio

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