Após depoimento do ex-presidente da Celg Enio Branco de Andrade para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Celg na quinta-feira à tarde, o secretário da Fazenda, Jorcelino Braga (PP), deu coletiva de imprensa para explicar o episódio de fevereiro do ano passado. Na época, Enio convocou a imprensa para contar que a Celg seria salva, já que a Eletrobrás, principal credora da companhia, iria comprar 41% das ações da estatal.

Na CPI, o ex-presidente disse em seu depoimento que a venda fazia parte dos seus planos enquanto presidente da Celg. Braga explicou que esta possibilidade ainda não era realidade em fevereiro do ano passado, e que desde então ele e o governador Alcides Rodrigues (PP) trabalharam para tornar o ideal possível.

Disse  também ter grande respeito e amizade por Enio, mas iria explicar com dados técnicos as etapas que passaram junto à Eletrobrás para conseguirem efetivar a negociação. “Quando o Enio saiu da empresa, ele falou que (a Celg) estava pronta e não era verdade, foi um equívoco. Acho que ele se enganou. Acho que o engano foi da parte do Enio, ele não falou sério. Não estava pronta.”

O secretário contou que quando começaram as tentativas para a salvação da empresa, no início de sua gestão, a Eletrobrás não quis saber de conversa, já que o Estado estava endividado com o governo federal e não tinha recursos para nem ao menos iniciar as negociações – motivo pela demora das ações da Eletrobrás. “Fomos na Eletrobrás, e o que aconteceu é que o governo de Goiás não tinha crédito, porque não tinha contabilizado R$ 1,2 bilhão que tinha contabilizado na Celg, jogado no ativo da Celg, e não tinha contabilizado no Tesouro. Isso representava um crime fiscal”, explicou.

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