Foram registradas 13 execuções de moradores de rua nos últimos dois meses em Goiânia. O alto número causou repercussão nacional e grande discussão entre representantes das polícias civil, militar e também de autoridades ligadas ao atendimento social destas pessoas.

O secretário municipal de assistência social, Darci Accorsi, afirma que o órgão tem colaborado com a polícia civil no trabalho de investigação e faz um relato grave. Segundo Darci, todas as mortes são relacionadas com o tráfico de drogas e que policiais militares estão diretamente envolvidos nos crimes.

“Hoje devido ao crack, tráfico, pessoas sejam militares ou da sociedade civil que são traficantes, isto a polícia já identificou que existem esses traficantes e que se aproveitam dos moradores de rua para vender para eles ou então para que eles sejam os aviãozinhos para entregar esta droga. E muitas vezes o morador de rua fuma a pedra, fuma duas e a compulsão é muito grande, então ai ele passa a fumar todas. E ai ele fica em débito com o traficante é bem possível que um desses moradores de rua seja contratado, por 20 ou 30 pedras de crack, se você vai lá cria um problema com ele, e mata”, explicou o secretário.

O capitão Malaquias, da polícia militar, não acredita na participação de policiais nas execuções dos moradores de rua. “Não, não, particularmente a polícia militar não acredita, eu em especial porque estou ali no subcomando vivendo direto, a questão da área central, onde houve a maioria dos homicídios. E tanto é porque dos três apreendidos foram fatos distintos, tem um assassinato que foi morto a paulada na Praça Cívica nós já possivelmente estaremos apresentando o autor. Já temos todos os indícios está faltando apenas colhermos provas substanciais, foi questão de ciúme. Foram situações diversas, a maioria dívidas”, declarou.

13 moradores de rua foram executados nos últimos dois meses e a polícia civil ainda trabalha para o completo esclarecimento dos crimes.