(Foto: Samuel Straioto / Sagres On)
Secretário de Saúde de Goias, Ismael Alexandrino, se pronunciou nesta quarta-feira (1°) a respeito do pedido da Superintendência Regional do Trabalho de interdição do Hospital Materno Infantil. O secretário disse que a ação imediata do estado é de recorrer da decisão e caso não seja acatada pelo judiciário haverá um “tumulto” na cidade.
“Vamos recorrer a uma ação cautelar e caso não seja acatada pelo Judiciário, nós precisaremos da rede para distribuir esses profissionais, precisaremos distribuir esses pacientes, que estão internados, as crianças e as mães” afirmou. “Certamente vai criar um tumulto na cidade, mas a população não ficará em nenhum momento sem ser assistida” completou.
Ismael Alexandrino reconheceu que o hospital tem problemas na estrutura, mas que a questão de insumos, não corresponde a “veracidade dos fatos”. O secretário disse que o pedido de interdição é desproporcional e que coloca em risco a vida dos pacientes.
“Nós não negamos o fato que a estrutura não é adequada, mas nós refutamos por completo, a forma que foi tomado em relação a interdição” afirmou. “Nós consideramos a medida completamente desproporcional e que coloca em risco a vida das pessoas que lá estão internadas, 159 pacientes e os quatro mil pacientes que são atendidos na porta daquele hospital” pontuou.
O secretário disse que o termo pede a interdição total do hospital e que dá um prazo de 10 dias para apresentar o cronograma de evacuação. Porém, segundo ele, não é possível fazer a transferências de pacientes do Materno para outras unidades de saúde no tempo determinado.
“Isso não é razoável, nós não temos como transportar esses pacientes no prazo de 10 dias, certamente o restante da rede que já está sobrecarregada, vai sofrer muito e provocará um caos em relação aos demais hospitais” afirmou.
Ismael Alexandrino disse ainda que caso o hospital feche servidores celetistas seriam demitidos, já que não faz sentido a existência de 1100 servidores naquela unidade. “Os celetistas provavelmente seriam demitidos e os estatutários serão removidos” afirmou.