O secretário municipal de Finanças de Goiânia, Alessandro Melo, voltou a defender nesta quarta-feira (11), durante entrevista concedida com exclusividade à Rádio 730, o aumento progressivo do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). 

O projeto, proposto pelo vereador Elias Vaz (PSB) e aprovado por 31 vereadores na Câmara, cancela a atualização gradativa da Planta de Valores, que estabeleceu aumentos anuais de 5% a 15% desde 2015, além da inflação, para equiparar o imposto ao valor de mercado. A Lei impacta diretamente os proprietários de imóveis acima de R$ 200 mil.

Para debater o assunto, o secretário se reuniu na terça-feira (10) com 18 vereadores na Câmara. Na ocasião, ele apresentou aos parlamentares um cálculo feito pela prefeitura de Goiânia, no qual consta que o Executivo municipal deixará de arrecadar R$ 35 milhões se o prefeito Iris Rezende (PMDB) sancionar a lei que o impede o aumento progressivo do IPTU.

O autor do projeto que impede o aumento do imposto, vereador Elias Vaz (PSB) avaliou que é tarde demais para se tentar qualquer aumento. No entanto, segundo Alessandro Melo, um acordo foi proposto na reunião para que apenas imóveis acima de R$ 500 mil tenham o reajuste. “Ainda há tempo de consertar. Podemos encaminhar, de comum acordo, um projeto elevando o piso para R$ 500 mil, mantemos o veto e está resolvido o problema. Só os imóveis acima de R$ 1 milhão representam 14,7 milhões de uma renúncia de 35. Isso representa mais de 40% de pessoas que podem contribuir”, argumenta.

O veto do prefeito ao projeto que proíbe aumento no IPTU para 2018 ainda não foi enviado à Câmara Municipal, mas foi garantido publicamente por Iris Rezende.

Acompanhe a entrevista completa:

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