O titular da Sedi, Adriano da Rocha Lima (Foto: Divulgação)

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O chefe da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Inovação (Sedi) Adriano da Rocha Lima falou nesta terça-feira (11) à Sagres sobre a reunião realizada na tarde de ontem (10) sede da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em Brasília. No encontro, a agência apresentou relatório de desempenho e qualidade do serviço prestado pela Enel em Goiás em 2019, depois dos acordos emergenciais firmados com a companhia em fevereiro [sobre qualidade do serviço] e agosto [sobre expansão de rede] passados.

Sobre a expansão do sistema, Rocha Lima disse que o cronograma tem sido cumprido até dezembro, mas no quesito qualidade, a empresa não conseguiu cumprir a meta.

“Esse indicador não só está fora da meta global que foi acordada lá em fevereiro [de 2019], mas quando nós observamos o estado de Goiás não como um número único, mas dividido por região, a gente observa que quase metade das regiões do estado de Goiás tiveram piora em relação a fevereiro comparado com dezembro, e pioras bastante significativas, da ordem de 500%. Isso é bastante grave”, afirma. “O número reflete uma situação mais drástica do que a gente poderia imaginar, principalmente afetando o sul e sudeste do estado de Goiás”, complementa.

Ainda de acordo com o secretário, o relatório da Aneel apontou aumento no número de reclamações dos clientes no mês de dezembro, e que a empresa teria deixado de fazer o ressarcimento em caso de prejuízos causados pela falta de energia.

“Nesse plano emergencial ela fez o compromisso de ressarcir os clientes, mas acabou que [aconteceu] o seguinte, ela começou a ressarcir o clientes antigos, mas começou a abrir um outro volume represado de novos clientes sem fazer ressarcimento. No final, o que se fez foi só quase que uma renovação desse volume represado sem que ele diminuísse”, esclarece.

Com relação à frequência do tempo de queda de energia, o secretário diz que a Enel atingiu a meta no indicador global, que representa todo o estado, mas na análise por diferentes regiões, houve piora em algumas delas.

Com a conclusão do relatório, Rocha Lima diz que uma nova reunião com a Aneel deve ser marcada para essa semana, a fim de determinar os próximos passos da atuação da agência no estado.

“Possivelmente, o mecanismo que conheço da regulação seria o relatório de áreas e transgressões, onde eles apontam um relatório bastante duro para a Enel apontando todos esses problemas detectados. A Enel tem um prazo para responder e, dependendo de como transitar esse processo, eles disparam um processo de caducidade”, avalia.

Questionado se o governo continuaria as negociações com a Enel, o secretário disse que o Estado não se esquivará de suas obrigações.

“Todos os mecanismos serão utilizados, continuando a pressionar a Enel no sentido de que todas as chances já foram dadas, e que ela deveria progredir nesse processo de, eventualmente, ela vender a concessão dela para outra, até porque a imagem dela está super desgastada no estado de Goiás, a própria população já não aguenta mais essas promessas que nunca resultam em melhorias efetivas. Por outro lado, o governo está tentando respeitar o ambiente regulatório legal, mas não se esquivando se representar a população goiana e fazer seu papel para melhorar a distribuição de energia em todo o estado”

Por fim, Adriano Rocha Lima confirmou a presença do governo em audiência pública da bancada federal de Goiás em Brasília, que também contará com representantes da Enel, para tratar do assunto.

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O que diz a Enel

A Enel afirma que “atingiu em 2019 os melhores indicadores de duração e frequência média de interrupções no fornecimento de energia da história da companhia” e que o “Plano Emergencial, iniciado em fevereiro de 2019, segue em andamento até agosto deste ano”.

A Enel afirma ainda que o número médio de interrupções em que o consumidor fica sem energia no ano (FEC) caiu 43% de dezembro de 2016 a dezembro de 2019, e que o indicador está melhor do que a meta estabelecida no plano emergencial e no contrato de concessão para dezembro de 2019.

Em relação à duração média das interrupções de energia (DEC), a Enel destaca que o índice melhorou 22% no mesmo período, estando bem melhor do que o estabelecido em contrato.

“Os indicadores de duração (DEC) e frequência (FEC) já são os melhores da história da companhia, o que comprova que estamos no caminho certo. Esse resultado reflete os fortes investimentos que estamos realizando e o incremento das ações de manutenção e atendimento aos clientes no Estado”, constata o presidente da Enel Distribuição Goiás, José Luis Salas.

Quanto aos conjuntos elétricos (subdivisões da rede da distribuidora no Estado), a Enel afirma que a meta de redução da frequência (FEC) das interrupções estabelecida no Plano Emergencial foi atingida. Das 156 áreas, 105 apresentaram evolução, ou seja, a empresa diminuiu a frequência das interrupções de energia em 67% das diferentes áreas atendidas. Com relação à duração das interrupções de energia, 94 dos conjuntos apresentaram melhora, o que demonstra uma evolução em 60% deles. Esse desempenho positivo significou melhora na qualidade do fornecimento de energia para aproximadamente 2 milhões de clientes, o equivalente a 67% do total de clientes atendidos pela Enel em Goiás.

Já em relação às conexões rurais, previstas para serem aceleradas a partir do plano assinado em agosto com Aneel, Ministério de Minas Energia e Governo do Estado, a empresa diz que tem alcançado resultados melhores do que a meta estipulada, e que de agosto a dezembro de 2019 foram realizadas 709 novas conexões em áreas rurais.

“A Enel vai continuar trabalhando fortemente para contribuir com o desenvolvimento do Estado e oferecer cada vez mais um serviço de qualidade aos clientes goianos”, comenta Salas. Neste ano, a distribuidora entregará seis novas subestações e ampliará cerca de 120, obras que beneficiarão mais de 40% dos clientes da Enel Distribuição Goiás, com aumento da capacidade de energia para melhorar ainda mais o fornecimento e conectar novos clientes. 

Desde que assumiu a distribuição de energia em Goiás, a companhia construiu novas subestações nos municípios de Anápolis, Mineiros, Cocalzinho, Paraúna, Santa Helena e no Distrito de Buritizinho, beneficiando cerca de 250 mil clientes.

Atendimento ao cliente

Segundo a Enel, ao longo de 2019, foi desenvolvida uma série de ações para melhorar o atendimento ao cliente como o aumento em 15% a capacidade do Call Center; a ampliação da capacidade de atendimento pelas redes sociais; que a empresa passou a realizar ligações proativas para confirmar o restabelecimento da energia aos clientes, além de ampliar o horário de funcionamento das lojas e o número de unidades de atendimento móvel. A companhia diz também que criou um canal exclusivo para clientes rurais e o atendimento via WhatsApp.

Sobre as reclamações, a Enel informa que quantidade de reclamações totais (QRT) apresentou redução de 45% no mês de dezembro de 2019, em comparação com o volume registrado em fevereiro de 2019, quando teve início o Plano Emergencial. 

Desde que assumiu a distribuição de energia em Goiás, a companhia construiu novas subestações nos municípios de Anápolis, Mineiros, Cocalzinho, Paraúna, Santa Helena e no Distrito de Buritizinho, com o objetivo de beneficiar cerca de 250 mil clientes.