A reunião entre a secretária Ana Carla Abrão e os participantes do Fórum em defesa do serviços e dos servidores públicos de Goiás, foi realizada a portas fechadas e, durante o encontro, a secretária revelou e detalhou a decisão de parcelar o salário dos servidores do estado, além de outras medidas sobre funcionalismo.

A decisão fez com que os representantes dos servidores saíssem insatisfeitos do encontro, já que eles não queriam o parcelamento dos salários. Bia de Lima, presidente do sindicato dos trabalhadores em educação, expõe a opinião:

“Foi um encontro muito ruim, muito negativo. Foi sem perspectiva, não aponta nada e não diz que vai resolver. A verdade é que estamos saindo em uma situação pior do que entramos, sem ânimo e sem nenhum apontamento importante. Não foi falado se vai ser paga a data-base também. Dizem que gastou 400 milhões em educação, mas então, para onde foi o dinheiro? Porque tudo está atrasado, merenda, transporte, salários”, declara.

A opinião é compartilhada também pela diretora de finanças do SindSaúde, Maria de Fátima Veloso, que também não gostou da reunião com a Secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão:

“Ficamos assustados com a franqueza da secretária em dizer que não há recursos. Nós servidores não podemos pagar essa conta, não somos os responsáveis pela falta de planejamento do estado. Precisamos garantir nossos direitos, não estamos pedindo nada a mais, só querendo garantir o que já é de direito”, declara.

O Fórum é composto por 49 entidades representativas de servidores públicos e terá uma reunião deliberativa na próxima quinta-feira (07) e há a possibilidade real de greve geral. A informação é confirmada pelo presidente do Sindicato dos Servidores Púbicos do Estado de Goiás, Thiago Vilar. Ele revela que os sindicatos indicaram fortemente para essa possibilidade. 

*Com informações de Mirelle Irene

Ouça a reportagem:

{mp3}stories/2015/maio/MIRELLE_-_REUNIAO_SECRETARIA_DA_FAZENDA_{/mp3}