Depois de lançar oficialmente a candidatura à presidência da Câmara dos Deputados ontem (25), o deputado federal Sandro Mabel (PR/GO) já iniciou a campanha. A primeira, e também uma das principais promessas de Mabel é a construção de um novo anexo na Casa para a melhoria do gabinete dos deputados. Em entrevista exclusiva à RÁDIO 730, o deputado revelou que um dos motivos para ter se lançado na disputa é a desvalorização da Câmara dos Deputados.

 

“Se você pega a qualidade dos debates aqui dentro, se você pega as matérias que estão sendo tratadas, você vai ver que a Câmara está decidindo coisas só coisas do Executivo, coisas que precisam ser decididas, mas que precisam também ter debate sobre as questões que fazem parte do Legislativo, fazem parte do Brasil propostas pelo Legislativo”, disse Sandro Mabel. 

“A Câmara tem uma série de problemas de estrutura, uma série de problemas de conceitos que na minha opinião precisam ser mudados. Eu já estou indo para o meu quarto mandato, e a gente vê que continua aí sempre uma mesmície, e agora inventam essa história de ter um candidato único. Um candidato único nem proposta, nem promessa, nem plano não faz. Isso daí é uma coisa que me deixa um pouco inquieto, não só eu como muitos deputados”, emendou o republicano. 

O outro candidato na disputa é Marco Maia (PT/RS), que tem apoio do Palácio do Planalto, do próprio PR e de mais nove partidos, dentre os quais estão PT, PMDB, PP e PSB. “Existe uma chance (de ganhar), ela não é grande, mas ela (candidatura) está sendo trabalhada e tendo uma recepctividade boa, mas logicamente tem uma reação grande”, comentou.

Poder Judiciário       

O deputado criticou também a interferência do Poder Judiciário nas decisões da Câmara dos Deputados. Segundo ele, algumas resoluções do Judiciário interferem nas leis dicutidas dentro da Câmara, o que não deveria ocorrer. 

“Ele (Judiciário) não pode ter um poder normativo em que uma lei que foi discutida e rediscutida aqui, por uma interpretação de consulta depois vira uma normativa e se aplica com força de lei, mudando muitas vezes os conceitos que saíram daqui de dentro. Nós precisamos ter força em cimo disso aí”, ressaltou. 

“O Poder Legislativo não tem mais respeito. Eu particularmente fico desanimado de pertencer a um poder desses se continuar dessa forma”, concluiu.