Sidão é apresentado como novo reforço do Goiás (Foto: Rosiron Rodrigues/Goiás EC)

As críticas da torcida do São Paulo não magoaram o goleiro Sidão. Ao ser apresentado como novo jogador do Goiás, o experiente atleta, de 36 anos, preferiu adotar um tom mais ameno. Não só agradeceu aos tricolores, como também lembrou de sua passagem pelo Botafogo. O novo um esmeraldino também prometeu lutar por títulos para colocar o seu nome na história do clube.

“Eu sou muito grato ao São Paulo, assim como sou ao Botafogo. Foram clubes onde pude desempenhar meu papel. Sou grato ao São Paulo e não tenho mágoa alguma. Quero é agradecer tudo que eles proporcionaram na minha carreira. Teve críticas, mas eu também conquistei uma partida da torcida, que até hoje me manda mensagens. Eu tive uma boa evolução e essa é a minha meta. Sofrer ainda menos gols nesse ano e ajudar o Goiás a conquistar os objetivos nesta temporada”, definiu.

Além da qualidade técnica, Sidão chega ao Goiás para ser um dos líderes do grupo, qualidade que Ney Franco, técnico anterior, lamentou em algumas oportunidades na Série B. Nos primeiros dias de treinamento, o goleiro já tem exercido este papel junto com o zagueiro Rafael Vaz.

“Esta é uma característica minha. Alguns companheiros dizem que sou chato. Mas outros elogiam e agradecem. Dentro de campo, eles vão ver que eu sou um cara que sempre orienta e que joga os caras para cima para conquistar o resultado. Dentro de campo, sou liderança positiva, que é a que nos favorece”, garantiu.

Sidão despertou a atenção de grandes clubes quando defendeu o Audax, do técnico Fernando Diniz, no Campeonato Paulista de 2016. Além das boas defesas, a boa técnica com os pés recebeu muitos elogios e se adequou bem ao estilo do atual treinador do Fluminense. A qualidade de Sidão na saída de jogo também agrada ao técnico Maurício Barbieri, que também é adepto de utilizar os goleiros na construção das jogadas.

“Essa é uma das minhas características. A minha ascensão que eu tive na minha carreira foi no Audax, quando eu jogava com muito os pés. Acredito que foi por sso que o Rogério me levou para o São Paulo, por conta dessa característica. O futebol tem evoluído para isso, para o goleiro usar os pés. Quem tiver mais qualidade, vai ser mais cogitado pelos clubes. E eu espero ser campeão pelo Goiás. Quando você chega em um clube, você precisa fazer história, mas história você só faz quando é campeão”, explicou.

No São Paulo, apesar de ser sido treinado por Rogério Ceni, maior ídolo da história do clube, Sidão não caiu nas graças da torcida. Já no Goiás, mais experiente, ele espera ter melhor sorte.

“Foram dois anos de aprendizado. Substituir o Rogério no São Paulo é muito difícil, tem uma sobrecarga muito grande, além de ser um grande clube. Mas você só entra na história do clube se ganhar título. Aqui no Goiás eu tenho essa esperança. Não é só o título goiano, mas quero um título de maior expressão. Quero suprir essa necessidade de ídolo, mas isso só vai acontecer com títulos”, prometeu.