A Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) realiza um trabalho inédito no interior de Goiás. Técnicos estão fazendo o monitoramento da qualidade do ar nos 20 maiores municípios do interior. O trabalho terá duração de um ano com quatro etapas, duas no período seco e duas no período chuvoso. A primeira já foi concluída e mostra índices com alto grau de variação de partículas sólidas em suspensão entre esses municípios. Os resultados da segunda fase devem ser finalizados em dezembro.

Para o analista ambiental responsável pelo projeto, Eurivan Alves, as prefeituras têm oferecido boa receptividade e apoio nas operações de medição de poluentes no ar. “Levamos os equipamentos, instalamos e realizamos o monitoramento da qualidade do ar. Apresentamos os resultados e discutimos com as prefeituras as medidas possíveis para mitigar esta poluição”, diz.

Esse monitoramento é importante, visto que a qualidade do ar na Região Metropolitana de Goiânia e outras cidades do Estado se torna preocupante no período de estiagem, nos meses de julho a setembro, quando a concentração e dispersão de poluentes se agrava com o aumento da poluição atmosférica aliada a fatores físicos, químicos e climáticos. Além disso, com o aumento das atividades agroindustriais, é necessária a instalação de novas estações e aferição do material particulado e outros parâmetros como dióxido de enxofre (SO2) e monóxido de carbono (CO2) em outras localidades da Região Metropolitana de Goiânia e interior do Estado.

O monitoramento ambiental a ser realizado utiliza os padrões e critérios estabelecidos na Lei nº 8.544/1978 (Lei de controle da poluição) e nas Resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) nº 03/90 e nº 382/2006. De acordo com o órgão, o índice que serve como parâmetro é de até 84 microgramas de partículas suspensas por metro cúbico de ar.

Do Goiás Agora.