Com 76 votos favoráveis e sem nenhum contrário, o Senado aprovou, às 18h15, o Projeto Ficha Limpa, que resultou de iniciativa popular.Neste momento, os senadores estão votando emenda de redação aceita pelo relator da proposta na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

Vários senadores se manifestaram em Plenário em favor do projeto, destacando seu impacto na vida política nacional. Concluída a votação, com o exame da emenda, o projeto será encaminhado à sanção presidencial. O objetivo é viabilizar a aplicação das novas regras de inelegibilidade ainda nas eleições deste ano.

O projeto proíbe a candidatura de pessoas com condenações por órgãos colegiados. A inelegibilidade prevista no projeto é de oito anos. Há ainda a previsão de inelegibilidade de pessoas físicas e dirigentes de empresas que receberam ou fizeram doações ilegais. O projeto também atinge os magistrados e membros do Ministério Público que tenham sofrido sanções disciplinares ou deixado o cargo para evitá-las.

A proposta, no entanto, prevê o efeito suspensivo da condenação. Se o candidato não concordar com a decisão, pode pedir a suspensão da sentença no Superior Tribunal de Justiça. Nesse caso, ele poderá continuar em campanha, mas, o seu processo vai tramitar mais rápido, em regime de urgência.

Fonte: Agência Senado / Agência Brasil