Servidores da Saúde entraram em greve hoje (09) após uma manifestação na sede da Secretaria Estadual de Saúde, no Parque Santa Cruz. Uma comissão dos trabalhadores se reuniu com a secretária estadual, Irani Ribeiro, e apresentou reivindicações como a reposição da database dos servidores que é de 19,75%.

Segundo a presidenta do Sindsaúde-GO, Maria de Fátima Veloso Cunha, a reposição corresponde ao período desde 2006, quando foi criada a database, e até hoje não se pagou essa diferença salarial. “Nós queremos outras pautas. Queremos que se instale uma mesa permanente de negociação, nós queremos a produção que nós produzimos, que hoje já é paga, mas que seja paga de forma justa porque cada lugar recebe de uma forma. Nós queremos um tratamento digno e igualitário para todos os trabalhadores e infelizmente não está sendo essa a postura do governo do esatado de Goiás”, revelou a presidente do Sindsaúde em entrevista à rádio 730.

OUTRAS RECLAMAÇÕES

Os trabalhadores reclamam ainda sobre a questão da aprovação do plano de cargos e salários para a categoria. De acordo com a secretária Irani Ribeiro o plano é somente para os funcionários efetivos, o que corresponde a apenas um terço do quadro dos profissionais. “Primeiro nós temos que organizar a casa para depois sim trabalhar por um plano de cargos e salários. Foi solicitado pelo sindicato e agora a Sefaz (Secretaria da Fazenda) está começando essa discussão. Mas o importante é saber que nós temos um governador muito sensível à questão da saúde”, argumentou Irani.

Outro ponto levantado pelos trabalhadores foi o retorno dos servidores do estado cedidos ao quadro da saúde municipal de Goiânia. Irani lembra que essa situação é decorrente de um pacto realizado em gestões anteriores, e que o mesmo venceu em novembro do ano passado. “Estamos fazendo um fluxo de documentação para que a gente possa estar contemplando isso. Já estamos ouvindo a área jurídica, já estamos fazendo reuniões técnicas com o município de Goiânia, para que a gente possa retomar, visto que o contrato já venceu”, afirmou a secretária.

PRÓXIMAS MANIFESTAÇÕES

Os servidores da saúde planejam para o próximo dia 15 uma manifestação em frente à Sefaz-GO, e no dia 16 na sede do Ipasgo. No dia 22 será realizada uma audiência pública e um prazo de até 30 dias será estipulado para que o governo do estado resolva as questões levantadas pela categoria.

No dia 24 haverá uma paralização no Hospital Materno Infantil, e no dia 25 será promovida uma assembleia em frente ao Hospital de Doenças Tropicais. O atendimento de urgência não será suspenso, entretanto os trabalhadores admitem que os cidadãos possam ter prejuízos em outros tipos de serviços.