Trump x OMS

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou nesta quarta (15) que lamenta a decisão dos Estados Unidos de cortar financiamento à entidade. Um porta-voz do governo da China afirmou que o país está “profundamente preocupada” com o anúncio do presidente Donald Trump de suspender a contribuição financeira americana à Organização Mundial da Saúde (OMS) por sua gestão da pandemia de coronavírus.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, também criticou a decisão dos Estados Unidos. Há vários dias, Washington critica com veemência a atitude da agência da ONU com sede em Genebra e considera que a OMS se mostrou muito benevolente com a China.

“Esta decisão vai reduzir a capacidade da OMS e minar a cooperação internacional contra a epidemia”, lamentou Zhao Lijian, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores. Zhao pediu ao governo dos Estados Unidos que “assuma suas responsabilidades e obrigações com seriedade e apoie as ações internacionais lideradas pela OMS para aliviar esta pandemia”.

Covid-19 na Itália

Abre aspas para o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, que prorrogou até o dia 3 de maio o lock down no país contra a pandemia de coronavírus, que já deixou 173 mil pessoas infectadas e quase 23 mil mortos. Além dos altos números de infectados e mortos, a Itália apresentou nesta semana um recorde de pacientes curados, o que dá esperança de que, realmente, o pior por lá pode ter passado. Mesmo assim, o lockdown total, em que pessoas não podem sair às ruas, a não que tenham justiticativa prevista, continua até o início de maio. Com a quantidade de doentes baixando, a Itália está ansiosa para a saída do confinamento, que está em vigor desde 9 de março.

Educação na pandemia

Quando no final de janeiro a China decidiu prolongar as férias escolares da primavera, poucos podiam imaginar que este seria o primeiro passo para uma revolução no ensino à escala global. Aos poucos, 191 países por todo o planeta foram fechando as escolas e o vírus mudou a vida de mais de 90% dos estudantes de todo o mundo.

À rádio portuguesa TSF, a diretora-geral adjunta para a educação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a italiana Stefania Giannini, diz que o cenário “sem precedentes” pode ser também uma oportunidade mudar o futuro do ensino. Em Portugal, o 3º período do ano letivo começou à distância para 2 milhões de alunos. Mas a medida estende-se a mais de 190 países em todo o mundo, afetando 1.600 milhões de estudantes e 60 milhões de professores. A ex-reitora da Universidade de Perugia, em Itália, diz que ser professor nunca foi fácil, “mas hoje é mais desafiante do que nunca”.

Isolamento por estágio

Os países que amenizarem as restrições impostas para combater a disseminação do coronavírus deveriam esperar ao menos duas semanas para avaliar o impacto de tais mudanças antes de afrouxá-las novamente, recomendou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira (15).

Em sua “Atualização de Estratégia” mais recente, a agência das Nações Unidas disse que o mundo está em uma “conjuntura essencial” da pandemia e que “velocidade, escala e igualdade precisam ser nossos princípios centrais” ao se decidir que medidas são necessárias.

Todo país deveria implantar medidas abrangentes de saúde pública para manter um estado contínuo e sustentável de transmissão baixa ou nula e preparar sua capacidade de sobrecarga para reagir rapidamente de forma a controlar qualquer surto, disse a OMS. Agora algumas das nações mais atingidas pelo vírus estão cogitando suspender isolamentos e começar a transição para uma retomada da vida normal. A atualização da OMS disse que tais medidas deveriam ser adotadas gradualmente, dando tempo para se avaliar seu impacto antes de novos passos serem dados.

Nova Zelândia

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, ministros e executivos de seu governo resolveram cortar os próprios salários em 20% nos próximos seis meses. Os escritórios, escolas e serviços não essenciais da Nova Zelândia foram fechados nas últimas três semanas e a atividade econômica está paralisada, pois o país realiza um dos mais rígidos bloqueios do mundo.

Devido à desaceleração global e doméstica, o governo previu que haverá desemprego no país. “Reconhecemos que os neozelandeses que dependem de salários enfrentaram cortes nos pagamentos ou perderam seus empregos por cauda pandemia global”, disse Ardern durante entrevista coletiva.

Reduzir o seu próprio salário e o dos subalternos “é onde podemos agir”, ela afirmou. A Nova Zelândia registrou na quarta-feira (15) 20 novos casos de Covida-19. Até agora, o país teve 1.386 infecções e nove mortes.

O governo decretou um confinamento. Na semana que vem, deverá haver uma decisão sobre a manutenção da regra –há discussões a respeito de um abrandamento, que possibilitaria a volta de atividades econômicas consideradas seguras.

Música mais tocada nas paradas da Coreia do Sul.

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