Cerca de 30% das agências bancárias em Goiás estão fechadas devido à greve dos bancários. Os dados são da Associação dos Bancos do Estado, ASBAN.
O supervisor administrativo da Associação, Fernando César Ferreira, destaca que o maior número de agências que não prestam atendimento ao cidadão são as localizadas na região central de Goiânia. A intenção é exatamente causar mais impacto junto aos usuários.
“O Banco do Brasil está atendendo parcialmente, a Caixa Econômica Federal atende apenas através das lotéricas e as agências privadas que não estão localizadas no centro, começaram a atender normalmente. Isso porque as agências mais centrais concentram um maior movimento de clientes e são usadas para a manifestação dos grevistas e não prestam atendimento.”
Os bancários querem aumento salarial de 12,8%, enquanto que a Federação Nacional dos Bancos pretende realizar reajuste de 8%. O presidente do Sindicato dos Bancários de Goiás, Sérgio Luiz da Costa, afirma que é preciso reabrir o diálogo. Se preciso, com interferência do Tribunal Superior do Trabalho, TST.
“Nós acreditamos que somente através de uma negociação, ou até mesmo a conciliação, o próprio TST já deve decidir sobre a greve dos correios, para que isso não perdure por muito tempo. O Ministério Público do Trabalho e o TST vão ter que tirar os banqueiros da toca. Eles têm que aparecer para tentar uma negociação.”
Fernando Franco argumenta que os bancários não podem impedir o cidadão de utilizar os caixas eletrônicos. Segundo ele, as pessoas devem usar serviços alternativos.
“O atendimento em caixas eletrônicos tem que ficar à disposição dos clientes. Mas nós temos visto que a movimentação nas portas das agências tem colocado faixas nas entradas, mas os grevistas deixam os clientes entrar para usar os caixas. Os pagamentos têm que ser feitos pré-agendados através de caixas eletrônicos. Tem agências abertas em outras áreas e o processo de pagamento via bankline, na internet”, afirmou.
A greve dos bancários completou nesta segunda-feira (10) duas semanas de duração.