Foi publicada em edição do Diário Oficial nesta semana a autorização do repasse do governo estadual destinado ao Hospital Araújo Jorge (HJA). Em nota, o presidente da Associação de Combate ao Câncer (ACCG), que administra o hospital, Paulo Moacir de Oliveira Campoli, afirma que o repasse ainda não foi realizado, e que o recurso está parado na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) desde o último dia 24 de julho.

O HJA possui atualmente um déficit de mais de R$ 1 milhão por mês, e que por conta disso, ao atendimento a alguns setores poderá ser suspenso. O presidente da ACCG, Paulo Moacir de Oliveira Campoli, afirma que conversou com o secretário municipal de Saúde (SMS), Fernando Machado e que está aguardando uma resposta.

“A gente pediu complementação, obviamente esse valor é variável. Temos déficits de R$ 500 mil de transplante de medula óssea, R$ 226 mil por mês da unidade de terapia intensiva (UTI), R$ 200 mil de pronto-socorro, R$ 110 mil na oncologia pediátrica. Ele ficou de analisar estes valores e ver então o que é possível contemplar o HJA”, ressalta Campoli.

De acordo com Fernando Machado, a SMS reconhece a crise enfrentada pela unidade, e que os custos hospitalares superam os índices da inflação no país. Ele relata ainda que o repasse mais de 1 milhão e meio deverá ser realizado ainda nesta sexta-feira (5), e explicou o motivo da demora.

“Foi nos acordado hoje pela controladoria do município que esse recurso cai hoje na conta do hospital. Deve ser repassado R$ 1,6 mil que é o que está na conta da prefeitura para ser repassado. Ontem mesmo foi assinada a ordem de pagamento, então hoje o hospital deve estar recebendo estes recursos”, confirma.

Em visita realizada nesta quinta-feira (4) à ACCG, o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Anselmo Pereira (PSDB), relata que não vai medir esforços para reunir fundos com o objetivo de impedir que o HAJ suspenda o atendimento de diversos serviços.

“A Câmara Municipal não pode ficar assistindo pacificamente que a ACCG sofra uma retração de atendimento por falta de recursos. Também vamos levar à diretoria da Câmara para que este fundo possa remanejar verbas para socorrer o HAJ neste momento de crise, e a gente fazer um planejamento de acordo com essas demandas”, pondera.

Atualmente o Hospital Araújo Jorge atende 85% de pacientes provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Com informações da repórter Bruna Moreira