Agência Senado

Somente dois dos 17 deputados federais de Goiás se declaram favoráveis à inclusão dos Estados e municípios na reforma da previdência em discussão no Congresso Nacional. São os deputados João Campos (PRB), que está de licença médica em consequência de uma cirurgia no coração, e o ex-governador Alcides Rodrigues (PRP). Os deputados do Centrão lideram um movimento na Câmara dos Deputados para exclusão dos Estados e municípios porque querem dividir com deputados estaduais e vereadores o possível desgaste de aprovar medidas impopulares.

Cinco defendem a exclusão dos dois entes federados: José Nelto (Podemos), Delegado Waldir (PSL), Rubens Otoni (PT), Francisco Júnior (PSD) e Elias Vaz (PSB). Dois dizem que estão indefinidos, Glaustin da Fokus (PSC) e José Mário Schreiner (DEM). O democrata disse que fará uma reunião com seu partido na próxima semana para tomar uma decisão. A Sagres fez a consulta a todos os deputados, e ainda aguarda a resposta de 10 deputados.

Em entrevista nesta quinta-feira (6) o governador Ronaldo Caiado (DEM) fez um apelo para os deputados incluírem os Estados e municípios, alegando que eles serão os primeiros a quebrarem caso isso não ocorra. “A reforma da previdência é urgente, primordial, fundamental. Do contrário vai levar ao colapso das finanças do Estado”, disse. Depois o governador assinou uma carta com outros 24 governadores com pedido apoio dos parlamentares.

Em entrevista à Sagres 730 nesta sexta-feira (7), José Nelto defendeu que a reforma seja aprovada apenas para o INSS e para os servidores públicos federais. Ele justifica que o Congresso Nacional precisa “dividir as responsabilidades” com governadores, prefeitos e parlamentares nos Estados. O deputado sugere uma alternativa. O Congresso Nacional faria as mudanças constitucionais e autorizaria Estados e municípios a fazerem suas reformas por meio de lei ordinária, que existe um quórum simples, de metade mais um dos presentes.

Rubens Otoni afirma ser favorável à autonomia de Estados e municípios para que fazerem opção por um regime de aposentadoria. Elias Vaz afirma que é contra a proposta da reforma. Ele diz ainda que acha que as mudanças devem respeitar as particularidades de cada região brasileira, como expectativa de vida, que, diz não é a mesma em Estados como Piauí e Rio Grande do Sul.